O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e os ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e José Múcio (Defesa) detém suas parcelas de culpa em relação aos atos de vandalismo praticados neste domingo, em Brasília, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que tiveram como alvos o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o prédio do Supremo Tribunal Federal.
O emedebista, que pediu desculpas públicas ao presidente Lula (PT), tinha o dever de utilizar corretamente o sistema de Segurança Pública controlado por ele para evitar o episódio grotesco.
A situação ainda é mais periclitante para o governador se levarmos em consideração o fato do seu agora ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, que comandou o Ministério da Justiça e Segurança Pública na gestão de Bolsonaro, sequer estar no país neste domingo.
Sobre Dino e Múcio, ambos controlam pastas fortes e que possuem setores de inteligência que, se utilizados corretamente, deveriam ter detectado a situação com a antecedência exigida.
É inimaginável pensar, por exemplo, que a Polícia Federal, comandada pelo ex-governador e senador eleito pelo Maranhão, estivesse totalmente alheia ao movimento realizado pelos bolsonaristas extremistas.
O mesmo se aplica as Forças Armadas.
Para completar, Dino ainda indicou, com a chancela de Lula, o jornalista Ricardo Cappelli para ser o interventor federal do sistema de Segurança Pública do DF até o fim deste mês.
Não há necessidade de ser um profundo conhecedor da área para deduzir que o nome para a referida missão deveria ser de um especialista no setor.
Erros foram cometidos pelos três citados.
Isto é um fato.
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