O vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Fernando Sarney, apresentou um novo pedido ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) para destituir Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF.
No documento, Sarney pede uma medida cautelar urgente que suspenda os efeitos do acordo que foi ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o qual havia restituído Ednaldo ao cargo no início deste ano.
Sarney argumenta que o acordo foi firmado de maneira inadequada pelo ex-presidente honorário da CBF, Antônio Carlos Nunes Lima, conhecido como Coronel Nunes, que não tinha a autoridade necessária para representar a instituição.
O vice-presidente também solicita que, na ausência de Ednaldo, ele seja nomeado como presidente temporário e que tenha a incumbência de convocar novas eleições, visto que é o dirigente mais veterano e com maior tempo de mandato em atividade.
No requerimento, Sarney alerta sobre potenciais danos à entidade, citando como ilustração a recente contratação do técnico Carlo Ancelotti, que foi anunciada por Ednaldo pouco antes de uma audiência judicial.
De acordo com Sarney, essa ação pode ser uma tática para complicar uma possível decisão da justiça que leve à saída do atual presidente.
“Parece ser a mesma abordagem que sempre é utilizada quando se discute o afastamento de Ednaldo Rodrigues”, é o que diz uma parte do pedido. Ele menciona que essa contratação representa um risco financeiro considerável para a CBF e solicita que a decisão judicial tenha impacto imediato.
A petição foi enviada ao desembargador Gabriel Zefiro, responsável pelo caso na 21ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ, que irá decidir sobre a concessão da medida cautelar.
Simultaneamente, a audiência agendada para esta segunda-feira com o Coronel Nunes, que é uma figura crucial no acordo contestado por Sarney, foi adiada. O advogado da CBF, André Mattos, informou que Nunes não poderia comparecer devido a problemas de saúde, conforme comunicado por sua filha.