Juiz diz que maranhenses estão proibidos de ouvir música dentro de casa durante o carnaval

O juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, afirmou nesta sexta-feira, em entrevista ao vivo concedida à TV Mirante, que o cidadão maranhense está proibido de ouvir música dentro da sua própria residência durante o período no qual seriam realizadas as festas carnavalescas.

“Som, qualquer que seja, está proibido. Em condomínios, até dentro de casa. Não importa. Não pode ter algo que atraia aglomeração”, afirmou o magistrado ao jornalista Soares Júnior, que o questionou se áreas de lazer de condomínios poderiam ser reservadas neste período de carnaval para comemorações de aniversários.

Douglas de Melo, ontem, indeferiu ação civil pública, proposta por três defensores públicos, solicitando a decretação de lockdown (fechamento total das atividades não essenciais) em todo o Estado por um período de 14 dias.

No entanto, decidiu que, a partir de hoje, até o próximo dia 18, bares, restaurantes e similares estão proibidos de oferecer aos seus clientes o serviço de música ao vivo objetivando evitar aglomerações e, desta forma, contribuir para a não proliferação do vírus da Covid.

“Posto de combustível, por exemplo, as pessoas pegam. Não vai ter o carnaval lá no clube, organizadinho, ele pega um carro, abre o bagageiro do carro com uma caixa de som do tamanho do mundo e coloca um som que rapidamente gera uma aglomeração. Por isso a ideia de que não pode ter o som vem daí. Por que o som é fácil de você instalar dessa maneira. Com as caixas de som gigantescas…se isso ocorrer, pode até ser fechado o posto de combustível”, completou o magistrado.

“Em resumo, Soares e Célia, nada de som. Ninguém pode se reunir com música. Se tiver algum tipo de reunião familiar, tem que ser sem música. Nada de reunião com 10, 20, 30 pessoas para fazer folia, para fazer diversão de carnaval. Está fora de cogitação. E utilizar área de condomínio, só ser for para uma reunião que não tenha música e poucas pessoas”, emendou a jornalista Camila Marques.

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