O governador Flávio Dino (PC do B), em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, ratificou o cancelamento das festas de pré-carnaval e de carnaval neste próximo mês de fevereiro.

O comunista confirmou que, apesar dos esforços do governo, a taxa de contágio da população maranhense com o novo coronavírus cresceu consideravelmente no estado – hoje é de 1,37 – e a tendência é de que a disseminação do vírus continue em ascensão.

Apesar de cancelar o período momesco através de decreto, o governador afirmou que a decisão final acerca do assunto caberá aos prefeitos e prefeitas.

“É necessário que os prefeitos sigam o decreto governamental que cancela as festividades carnavalescas que, por sua natureza, geram aglomeração. O governo entende nesse sentido, mas caberá aos gestores a decisão final”, disse.

Ao apresentar os cenários internacional e nacional sobre o aumento de casos da Covid, cujo Brasil se apresenta na 98ª posição no que diz respeito ao desempenho de combate, o governador informou que o governo abrirá novos leitos de UTI para tratamento da doença.

“Abriremos novos leitos no HCI; mais 50 leitos no Hospital Aquiles Lisboa, em São Luís; leitos de UTI nas cidades de Barreirinhas e Imperatriz; e entregaremos a Policlínica de Açailândia”, explicou relatando que, até o momento, o Maranhão já recebeu 233 mil doses das vacinas Coronavac e Astrazeneca.

Sobre a adoção de novas medidas restritivas, que atinjam diretamente à atividade econômica, Flávio Dino disse que o governo está avaliando o cenário e dialogando com os agentes representantes de todos os setores.

“Antes de adotarmos qualquer medida, estamos em diálogo com a classe empresarial de todos os setores. Caso decidamos em restringir um pouco mais, isso será feito em comum acordo com as pessoas que representam o setor”.

O governador afirmou que os órgãos estaduais irão aumentar a fiscalização sobre os protocolos sanitários já instituídos e pediu que o cidadão tenha consciência e continue usando máscara.

“Somente desta forma, unindo forças, conseguiremos passar por esta nova situação”.