O PSDB, partido do vice-governador Carlos Brandão, anunciou nesta quarta-feira (08) oposição formal ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A informação foi prestada pelo presidente nacional da sigla, Bruno Araújo, que reconheceu que o capitão reformado do Exército cometeu crime de responsabilidade ratificado, inclusive, durante a passagem pelo dia 07 de setembro.

O novo posicionamento do tucanato beneficia o vice-governador, aliviando um martírio que o mesmo ainda carrega.

Explica-se: PSDB e PT são adversários no campo nacional, sendo que o primeiro tem como pré-candidato à Presidência da República o governador de São Paulo, João Dória; e o segundo tem como principal opção para o Palácio do Planalto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas até o momento.

Lula, quando esteve no Maranhão, deixou clara a sua preferência por uma aliança entre o petismo e o PDT, do senador e pré-candidato ao Governo do Estado, Weverton Rocha.

O PSDB, em terras maranhenses, é um partido nanico, tendo elegido ano passado, só para citar um exemplo, apenas quatro prefeitos.

Com dificuldade de aliançar-se a outras legendas do campo da esquerda, em especial o próprio PT, Carlos Brandão, nos bastidores, já admitia a possibilidade de filiar-se a outro partido para, desta forma, concorrer a reeleição ano que vem, uma vez que o mesmo ocupará a principal cadeira do Palácio dos Leões com a saída do governador Flávio Dino, que terá que se desincompatibilizar para disputar a única vaga que será aberta para o Senado.

O PSB, do próprio Dino, seria uma opção para Brandão, que deixou a presidência estadual do PSDB recentemente para dar lugar ao seu advogado, Pedro Chagas.

Com a mudança de posicionamento do tucanato, o vice-governador, que defendeu o impeachment de Bolsonaro, ganha certo fôlego e alivia o seu martírio.

Pelo menos por enquanto…