Fernandes foi secretário de Educação na gestão de Roseana.

O ex-presidente José Sarney (MDB) negou, nesta terça-feira (02), que tenha partido dele o pedido para que o presidente Michel Temer vetasse o nome do deputado federal maranhense Pedro Fernandes (PTB) para o comando do Ministério do Trabalho e Emprego.

“Não fui consultado e não vetei. “Ele [Pedro Fernandes] quer arrumar uma desculpa. Colocar a responsabilidade sobre as minhas costas. Se, no passado, não vetei Flávio Dino para a Embratur, não faria isso para alguém que foi nosso amigo”, disse o ex-presidente ao blog do Camarotti.

A indicação do nome de Fernandes para ocupar o MTE foi feita semana passada pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson – reveja.

Antes mesmo de assumir o cargo, na última sexta-feira, o deputado esteve no Palácio dos Leões onde assinou convênio com a Agência Executiva Metropolitana, órgão do governo do estado que é gerido pelo seu filho, Pedro Lucas Fernandes.

O próprio Pedro Fernandes, em mensagem encaminhada à imprensa nesta manhã, afirmou que o revés sofrido por ele teve influência de Sarney.

“Infelizmente, não deu, devido ao embaraço que eu crio na relação do presidente Temer com o ex-presidente José Sarney. Tratou-se de veto dele [Sarney]”.

Pedro Fernandes foi, durante décadas, aliado da família Sarney, tendo participado, na condição de secretário, dos governos de Roseana Sarney.

Aliou-se recentemente ao governador Flávio Dino, do PC do B, depois que o seu filho, que é vereador licenciado de São Luís, assumiu a Agência que possui status de Secretaria.

Pedro Lucas, em 2018, substituirá o pai na disputa por uma das 18 vagas para Câmara Federal.