A condenação, em segunda instância, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida ontem no TRF da 4ª Região, em Porto Alegre, reduziu a zero as chances do PT maranhense de obter posição de destaque nas eleições majoritárias no estado.
Tanto para o governo, quanto para o Senado, o partido segue, até o momento, rachado – reveja e reveja – com uma ala defendo apoio à reeleição do governador Flávio Dino (PC do B) e uma outra preferindo lançar candidatura própria.
O grupo petista/comunista é liderado pelo presidente estadual da sigla, Augusto Lobato.
Ele e outros “companheiros” estão lotados em cargos dos primeiro e segundo escalões do governo e, além de manter apoio a Dino, defendem o nome do ex-secretário estadual de Esporte e Lazer, Márcio Jardim, como candidato na chapa senatorial do grupo governista.
A ala contrária é formada por petistas da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que não obteve espaço na administração estadual e, além de propor candidatura própria ao Palácio dos Leões, lançou recentemente o nome do professor universitário Nonato Chocolate para Câmara Alta.
Ocorre que a condenação do ex-presidente jogou um balde de água fria nas pretensões dos dois grupos.
Paralelo ao Senado, a ala petista/comunista alimentava o sonho de também indicar um nome para ser o companheiro de chapa de Flávio Dino.
A eles, interessa o tempo de televisão do partido na propaganda eleitoral.
Mas diante do novo cenário, no qual Lula, líder maior da legenda, caminha para a inelegibilidade e para uma possível prisão, o PT maranhense perdeu qualquer possibilidade de barganha.
Restará, tão somente, aliar-se a um ou outro, sem se dar ao luxo de pensar em maiores aspirações.
Pingback: Comunistas maranhenses prestam apoio a Lula e esquecem Manuela D´Ávilla - Blog do Gláucio Ericeira