A manutenção da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmada nesta quarta-feira (24), de forma unânime, pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, dispara reflexos em todas as eleições majoritárias no Brasil.

E no Maranhão, a situação não é diferente.

Os principais atores do pleito para o governo do estado, o governador Flávio Dino (PC do B) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), trabalham de todas as formas para ter o apoio do ex-presidente, mesmo com a possibilidade de Lula ser considerado, em definitivo, Ficha Suja e ficar impedido de concorrer à Presidência do Brasil.

O petista é líder absoluto em todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas até o momento no estado.

Em algumas delas, chegou a ultrapassar a casa dos 70% de preferência.

Dino tem atrelados ao seu projeto de reeleição petistas da ala do presidente estadual do partido, Augusto Lobato, que, inclusive, exerce cargo comissionado no governo estadual.

Este grupo é combatido pela corrente Construindo um Novo Brasil, formada por militantes e políticos que participaram do governo de Roseana e não encontraram espaço na gestão do comunista.

Em setembro do ano passado, durante evento em São Luís, Flávio Dino esteve ao lado de Lula e, na ocasião, ficou claro que o ex-presidente apoiaria a reeleição do comunista.

A relação entre os dois esfriou depois que a executiva nacional do PC do B lançou o nome da gaúcha Manoela D´Ávilla como pré-candidata do partido ao Palácio do Planalto.

Lula não teria gostado nem um pouco da decisão da executiva comunista, situação que fez com que ele se reaproximasse do ex-senador José Sarney, de quem é amigo.

O certo que, sendo ou não candidato, Lula terá forte influência na disputa pelo comando do Palácio dos Leões.

Resta saber em qual palanque ele estará de fato.