O governo do estado e a TV Difusora precisam prestar esclarecimentos sobre a parceria que teria resultado na liberação de recursos públicos para transmissão dos jogos do Campeonato Maranhense de Futebol.
O assunto ganhou destaque no noticiário nesta sexta-feira depois que o presidente da Federação Maranhense de Futebol, Antônio Américo, afirmou, durante entrevista, que a escolha da emissora da Camboa para realizar o trabalho de transmissão dos jogos tratou-se de uma decisão, única e exclusiva, do governador Flávio Dino (PC do B), sem que houvesse a realização, por exemplo, de processo licitatório para contratação do referido serviço.
No mês passado, o comunista anunciou a liberação de um aporte financeiro, no valor de R$ 1,8 milhões, para ajudar o Campeonato. Metade deste valor seria repassado aos clubes. O restante seria investido no trabalho de transmissão dos jogos.
Ocorre que, até o momento, nenhuma partida foi transmitida pela TV Difusora.
A Difusora, desde o ano passado, é controlada por uma espécie de conglomerado político e empresarial liderado pelo deputado federal e presidente do PDT no Maranhão, Weverton Rocha, aliado de primeira hora de Dino e um dos seus preferidos para disputar o cargo de senador, em 2018.
Não se sabe ao certo quais são os integrantes deste conglomerado e quanto a família Lobão, proprietária da emissora, recebe mensalmente pelo arrendamento.
O governo precisa posicionar-se. Informar se repassou, ou não, recursos públicos à TV para execução de um trabalho (transmissão dos jogos) que ainda não foi feito.
Assim como a Difusora, que tem o dever de vir a público prestar os esclarecimentos devidos.
Confira, abaixo, a entrevista de Antônio Américo.