Contratos com Eduardo DP são alvos de investigação que resultou no afastamento de Luanna Rezende

A operação Benesse, da Polícia Federal, deflagrada nesta sexta-feira e que resultou no afastamento da médica Luanna Martins Bringel Rezende Alves (União Brasil) do cargo de prefeita de Vitorino Freire, tem como focos de investigação contratos firmados com a empresa Construservice Empreendimentos e Construções Ltda, de propriedade do empresário maranhense Eduardo José Barros Costa, mais conhecido como Eduardo DP.

O trabalho da corporação apura desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro envolvendo verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Segundo apurações do jornal Folha de S.Paulo, a PF investiga obras da construtora Construservice contratadas pela Codevasf.

Esses empreendimentos foram bancados por emendas parlamentares, incluindo as do deputado federal licenciado, Juscelino Filho (União Brasil), atual ministro das Comunicações e irmão de Luanna Rezende.

Pelo menos R$ 42 milhões indicados por ele foram destinados a contratos com empreiteiras suspeitas de irregularidades.

Desse montante, cerca de R$ 19,3 milhões teriam ido para contratos com a empresa de Eduardo DP.

O empresário foi preso ano passado, pela PF, acusado de liderar um esquema criminoso que fradou licitações e desviou milhões em recursos federais de prefeituras.

Juscelino Filho também figura como alvo da investigação. Porém, não foram expedidos mandados contra ele.

Vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, a Codevasf é uma empresa pública bastante visada pelo Centrão e é comumente usada por políticos para acomodar aliados em cargos, em meio a negociações.

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