O editor do Blog, em janeiro deste ano, relatou a difícil situação que o deputado estadual Yglésio Moyses, reeleito ano passado, vive no seu partido, o PSB.

Esta semana, mais um capítulo da história foi revelado, confirmando aquilo que foi dito no início do ano.

O Procurador Regional Eleitoral Hilton Melo emitiu parecer contrário a um pedido de desfiliação feito pelo médico, conforme revelou o jornalista Raimundo Garrone em seu blog.

O deputado entrou com Ação de Justificação de Desfiliação Partidária (AJDP – 0600055-11.2023.6.10.0000), onde se diz vítima de grave discriminação política pessoal.

Alegou, por exemplo, não ter recebido recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial nas eleições de 2022 (FEFC); foi expulso de grupo de whatsApp do partido; e não obteve respostas sobre solicitações feitas.

Hilton Melo considerou que os fatos noticiados na AJDP não caracterizam grave discriminação que possam justificar a desfiliação sem a perda do mandato.

O não recebimento das verbas do Fundo Partidário, por exemplo, o MPE comprova na prestação de contas do PSB que, de acordo com defesa apresentada pelo partido, a legenda não distribuiu recursos do Fundo Partidário para nenhum das 30 candidaturas registradas para o cargo de deputado estadual.

“O fato de não ter recebido recursos do Fundo Partidário ou do FEFC não revela uma situação de grave discriminação pessoal, pois nenhum outro candidato de sexo masculino que tenha disputado o mesmo cargo recebeu tais recursos. Meras divergências partidárias, incluindo eventual falta de apoio político para candidatura em pleito vindouro, não evidenciam por si só grave discriminação pessoal, sendo necessária efetiva prova de claro desprestígio ou de afastamento do mandatário do convívio interno da grei”, disse o procurador.

Caso, de fato, pretenda deixar a sigla para se filiar a um outro partido, por onde espera concorrer a eleição de prefeito de São Luís, ano que vem, Yglésio corre risco concreto de perder o mandato.

Será que ele irá arriscar?