O ex-governador Flávio Dino (PSB) vive um inferno astral sem precedentes.
Esvaziado politicamente, no que diz respeito ao seu projeto de disputar a única vaga ao Senado que será aberta este ano, o comunasocialista tornou-se alvo do Ministério Público Federal, que o acusa de utilizar-se da estrutura do Palácio dos Leões para se beneficiar eleitoralmente.
Notícia de fato recebida pelo MPF aponta que o ex-governador distribuiu “cestas básicas, kits de irrigação, bolas e camisas de futebol, instrumentos musicais, aparelhos de ginástica, barracas de feira, capacetes de motos, entre outros itens”.
A denúncia aponta ainda a convocação da população para realização de comício.
Flávio Dino é investigado por suposta propaganda eleitoral antecipada
A distribuição desses itens foi publicada por Dino em suas redes sociais.
“Agradeço a acolhida que tive em Zé Doca, onde entregamos viaturas policiais, instrumentos musicais, motores para pescadores, materiais esportivos, capacetes para moto taxistas e cestas básicas”, escreveu, em 25 de fevereiro deste ano.
Em nota, o ex-governador alegou se tratar de denúncia infundada formulada por adversário político.
“Todos os itens citados são políticas de Estado juridicamente reguladas e amplamente conhecidas, algumas inclusive implantadas em razão da pandemia, como a distribuição de cestas básicas, iniciada em 2020”, afirmou o socialista.
As demais políticas citadas, segundo o ex-governador, foram implantadas ainda na primeira gestão, “portanto bem distante da pré-candidatura ao Senado”.
“A distribuição é feita por prefeituras ou por intermédio de entidades sem fins lucrativos, sem nenhum direcionamento eleitoral. A legislação está sendo rigorosamente cumprida, conforme será demonstrado ao Ministério Público”, finalizou Dino.