Deputado governista expõe fracasso da articulação política do Palácio dos Leões

O deputado estadual Yglésio Moyses (PROS), em pronunciamento feito na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (17), expos, mais uma vez, o fracassado trabalho do setor da articulação política do Governo do Estado.

Mesmo pertencendo a base de apoio do governador Flávio Dino (PSB) e do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), Yglésio deixou o Bloco Unidos pelo Maranhão após uma articulação, feita pelo próprio vice-governador e o secretário de Estado da Comunicação, Ricardo Cappelli, que elevou o deputado Duarte Júnior (PSB) à condição de líder do BUM.

O presidente do Moto Club, na semana passada, já havia publicizado sua insatisfação em relação a Ricardo Cappelli, responsável pela articulação entre os Poderes Executivo e Legislativo.

“Assembleia Legislativa não é DCE. Tem gente que não entendeu isso e vai fazer um estrago muito grande na relação do Executivo com o Legislativo até sair. Já falei internamente e digo de novo. Quem acha que articulação política é só pagar emenda, tá na hora de acordar”, cravou, à época, o médico referindo-se a Cappelli, natural do Rio de Janeiro e que é ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

“Eu preferi sair do Bloco Unidos pelo Maranhão e não entrar em nenhum Bloco para poder fazer o meu mandato, neste momento, sem pressão de ninguém. Sem pressão de Brandão, sem pressão de Rafael Leitoa [líder do Governo] , sem pressão de Cappelli. Infelizmente, essa relação aqui com a Assembleia está muito ruim. A Assembleia precisa ser tratada de forma equiparada e não abaixo. Nós não somos serviçais de ninguém. Então nós precisamos ser respeitados”, afirmou Moyses nesta manhã.

A atuação de Ricardo Cappelli como articulador político de Dino e Brandão vem irritando outros parlamentares e demais agentes da classe política.

Sem entender absolutamente nada sobre o métier da política maranhense, o ex-presidente da UNE e tesoureiro do PSB continua colecionando desafetos, impondo uma relação açodada e sem nenhum tipo de respeito, de acordo com políticos ouvidos pelo editor do Blog.

Cappelli, antes de desembarcar no Maranhão, no início de 2021, exerceu o cargo de secretário de Representação Institucional do Governo do Maranhão em Brasília.

Também carrega em seu currículo o episódio de ter sido derrotado na eleição para vereador, no Rio de Janeiro, em uma época na qual comandava a representação do Ministério dos Esportes, então gerido pelo comunista Orlando Silva.

 

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