Flávio Dino define hoje o futuro do seu grupo político

Governador tem três opções: cumprir Carta Compromisso criada por ele próprio para escolha do candidato de consenso; rasgar documento e trair aliados; ou adiar decisão como forma de evitar uma implosão precoce do seu campo político.

O governador Flávio Dino (PSB) definirá nesta segunda-feira (29), durante encontro previsto para ter início às 18h, no Palácio dos Leões, o futuro do seu grupo político.

Ele reunirá presidentes dos 12 partidos que lhe prestam apoio, além de outras lideranças, para discutir acerca da escolha do candidato que irá sucede-lo.

A decisão do socialista definirá o futuro de alguns dos principais agentes do campo governista, inclusive dele próprio, que poderá, ou não, rachar o seu grupo e comprometer consideravelmente o seu projeto de eleger-se senador.

No dia 05 de julho deste ano, em uma primeira reunião promovida nos Leões, o governador deixou os seus aliados à vontade para construírem suas pré-candidaturas.

Apresentou, ainda, uma Carta Compromisso contendo critérios – pontuar melhor nas pesquisas de intenção de voto; reunir maior número de apoios políticos e partidários; e se comprometer em dar continuidade as ações exitosas do governo – que iriam balizar a escolha do chamado nome de consenso.

O senador Weverton Rocha (PDT), o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o secretário de Estado da Indústria e Comércio, Simplício Araújo (SDD) – todos pré-candidatos – concordaram com os termos, assim como os demais presentes, com exceção do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, pré-candidato do PL e hoje rompido com Dino.

Flávio Dino, na reunião de logo mais, pode cumprir o que foi acordado e escolher o seu sucessor com base nos critérios criados por ele próprio.

Neste cenário, Weverton Rocha será o nome de consenso.

No entanto, o governador pode optar por rasgar e jogar no lixo a Carta Compromisso proposta por ele e escolher um nome que melhor lhe convém.

Caso isto aconteça, Brandão deverá ser imposto aos aliados.

Há ainda uma terceira possibilidade: Dino pode ouvir mais do que falar. E, em seguida, adiar para o fim de janeiro a decisão como forma de evitar uma implosão precoce do seu campo político.

Estas são as opções de Flávio Dino. E caberá a ele decidir o seu caminho e de alguns dos seus aliados.

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