Filho do senador Roberto Rocha diz ter sido contaminado por mutação da Covid

O ex-vereador de São Luís, Roberto Rocha Júnior, filho do senador Roberto Rocha (PSDB), relatou nas suas redes sociais que foi infectado por uma mutação do novo coronavírus.

Rocha Júnior esteve internado no Hospital São Domingos, onde iniciou sua recuperação contra uma cepa chamada P1 que, de acordo com ele, é agressiva e possui poder de contágio mais alto, além de oferecer forte resistência à anticorpos.

“Não peguei um covid comum. Peguei uma mutação chamada P1. Uma cepa muito mais agressiva, forte, poder de contágio mais alto e com uma resistência alta a anticorpos. Tive que internar. Fui direto pro oxigênio e medicado com corticoide e antibiótico. No dia 13 eu já não conseguia mais me levantar da cama nem pra ir ao banheiro. Me mexer na cama era mais cansativo que fazer 30 minutos de esteira a 13km/h que há alguns dias era normal pra mim. Durante esse dia, tive uma grave crise de tosse após engasgar com saliva. Isso mesmo. Saliva. Acabei passando 7 minutos sem conseguir respirar”, disse.

“Minha saturação caiu para 78, fiquei sem visão, sem noção de espaço, não tinha tato e não conseguia nem distinguir quantas pessoas estavam no quarto pra me ajudar. Nessa hora andei perto de ir pra uti e ser entubado. Graças a Deus meus sinais começaram a voltar quando a crise foi passando. Tive que passar mais uns dias de oxigênio pra poder manter a regularidade. Hoje tive alta no 18 dia da doença. Me sinto cansado ainda, ainda estou sem conseguir respirar direito, tosse ainda incomoda e meu pulmão ainda permanece prejudicado. Começo ainda hoje um tratamento de fisioterapia respiratória pra não ficar com sequelas e a estimativa é que daqui uns 20-30 dias eu esteja 100% recuperado. Escrevo esse texto pra poder tentar abrir os olhos de quem acha que isso passou e que nunca vai acontecer com a gente. Eu pensava um pouco assim. Sou grato a Deus e toda a equipe do São Domingos por ter me ajudado a superar esse episódio, mas fica aqui meu recado: não brinquem com essa doença. Agradecimento mais que especial pro médico que me cuidou de mim com muito carinho atenção e humanismo”, completou.

A cepa P1 foi identificada pela primeira vez no início de janeiro, em Manaus, e está ligada ao aumento do número de casos no estado do Amazonas.

Embora existam centenas de variantes do coronavírus já identificadas no mundo, a variante brasileira P1 tem mutações que tornam a infecção mais contagiosa e também mais resistente a anticorpos da doença, o que pode aumentar o número de casos inclusive entre as pessoas que já se recuperaram da Covid.

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