Flávio Dino e a sua necessidade de gerar polêmicas desnecessárias

Que a articulação política do governo Flávio Dino figura como um dos setores que mais recebem críticas por parte dos atores inseridos neste cenário, isso não é novidade para ninguém.

Para piorar a situação, soma-se a este fato a necessidade do chefe do Palácio dos Leões em se meter em polêmicas desnecessárias e que em nada contribuem com o seu projeto de reeleição.

Flávio Dino articulou duas entrevistas, divulgadas recentemente, que tinham como objetivo encerrar o ano de 2017 com chave de ouro.

No entanto, boa parte das declarações dadas pelo comunista ao Jornal Folha de São Paulo e ao Jornal Pequeno, de São Luís, repercutiu muito mal e só serviu para fortalecer o jargão popular que diz que “como articulador político, Flávio Dino é um excelente magistrado”.

Ao Jornal paulista, Dino deixou claro que, para renovar o mandato por mais quatro anos, não se importa em apoiar vários candidatos à presidente, repetindo o que fez em 2014. Defendeu o ex-presidente Lula e criticou àqueles que são contrários a sua candidatura, situação que lhe rendeu alguns “elogios” por parte de jornalistas do programa Pingo nos Is, da Rádio Jovem Pan.

Dias depois, já em entrevista ao Jornal Pequeno, o governador acabou se contradizendo em relação ao petista, que recebeu seu apoio público em setembro durante ato político em São Luís.

Para Dino, segundo o JP, Lula não é seu amigo pessoal.

Não satisfeito, o governador desmentiu informação da cúpula do DEM sobre a presença do ex-governador e atual deputado federal, José Reinaldo Tavares, na chapa senatorial que representará o seu grupo político.

Segundo Flávio Dino, o apoio do Democratas à sua reeleição, tendo como condicionante a presença de Zé Reinaldo como candidato a senador, não trata-se de um assunto definido.

O ex-governador reagiu com sarcasmo à declaração do comunista afirmando que está muito velho e deve ter ouvido errado a promessa feita por Dino durante reunião realizada no mês passado no Palácio dos Leões. 

Ainda na entrevista ao JP, o governador avaliou que a participação da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) no pleito do ano que vem, encabeçando uma candidatura ao governo do estado, tornará o processo mais emocionante.

Neste ponto, o editor do blog concorda com Dino. A julgar pela capacidade do governador em articular politicamente e de se meter em polêmicas desnecessárias, será, de fato, emocionante e extremamente perigoso para o mesmo.

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