Delegados federais confirmaram nesta quinta-feira (16), durante entrevista coletiva concedida na sede da PF, em São Luís, que as investigações da Operação Pegadores, que apuram o desvio de R$ 18 milhões dos cofres da saúde, tiveram início com o caso do supersalário da enfermeira Keilane Silva Carvalho.
Possuindo ligações com o secretário estadual de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, a enfermeira foi contratada pelo governo do estado, em 2015, através da Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Bem Viver.
O que chamou a atenção da Polícia Federal foi o supersalário pago a Keilane Silva Carvalho, mais de R$ 13 mil, valor quatro vezes maior que o provento pago para outras enfermeiras da UPA de Imperatriz, unidade de saúde onde Keilane trabalhava.
Os delegados confirmaram que a ex subsecretária estadual de Saúde e candidata derrotada na eleição para prefeitura de Imperatriz, Rosângela Curado, era uma das “cabeças” do esquema criminoso que envolvia a contratação de funcionários fantasmas.
Mais de 420 pessoas, segundo a PF, foram contratadas através dos Institutos que prestam serviço ao estado sem nunca terem trabalhado.
Rosângela Curado e outras 17 pessoas foram presas. Ela foi indiciada pelo crime de corrupção passiva.
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