Op. Pegadores: Flávio Dino joga, sem sucesso, a culpa no passado

O governador Flávio Dino (PC do B) finalmente se pronunciou acerca do escândalo que abateu a sua gestão ocasionado pela Operação Pegadores, que desarticulou um esquema criminoso que, segundo a Polícia Federal, subtraiu mais de R$ 18 milhões dos cofres públicos da saúde.

Nas suas redes sociais, Dino, como não poderia ser diferente, tentou desviar o foco ao atribuir a Operação da PF aos governos anteriores ao seu.

“O modelo que herdamos foi que originou as operações da Polícia Federal. Não se desmonta isso em semanas ou meses, sobretudo em um serviço que não pode parar, como a saúde”, twittou o comunista.

Ocorre que o governador falta com a verdade ao fazer tal afirmação objetivando “tirar o corpo fora”.

Ontem, durante entrevista coletiva, os delegados federais responsáveis pela Pegadores foram claros ao afirmar que a organização criminosa que lesou o erário maranhense instalou-se na estrutura da saúde estadual a partir de março de 2015 – reveja e reveja.

Ou seja, logo no início do primeiro ano de mandato do comunista, eleito em 2014 no primeiro turno.

Flávio Dino disse que, tão logo assumiu o governo, implantou ações para corrigir problemas herdados, dentre elas seletivos para contratação de pessoal e quadro efetivo para concurso público na Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares.

O governador afirmou estar aguardando o envio, por parte da Polícia Federal, da lista contendo os nomes dos mais de 400 funcionários fantasmas instalados na estrutura administrativa do setor da saúde.

De acordo com ele, a intenção é verificar se a “denúncia procede, quem foi o responsável, em qual época e por qual motivo”.

Dino fez referência ao que ele chamou de oligarquia Sarney/Murad. Segundo o comunista, “falta-lhes condições mínimas para falar em moralidade. Que cuidem dos seus problemas na Polícia e na Justiça. São muitos”.

E finalizou assegurando que não tem nenhum “problema pessoal na Polícia ou na Justiça”.

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