Os trinta e um vereadores e vereadoras de São Luís estão, de fato, com as atenções voltadas para a renovação dos seus mandatos no pleito proporcional de outubro.
No entanto, um assunto que só se tornará pauta principal no Palácio Pedro Neiva de Santana após o resultado das urnas já começou a ser tratado, de acordo com o que vem sendo apurado pelo editor do Blog, principalmente por parlamentares com grandes chances de reeleição e por pré-candidatos com potencial robusto para carimbar o primeiro mandato no Parlamento ludovicense.
Além deles, a eleição para Mesa Diretora da Câmara Municipal, biênio 2025/26, já está sendo analisada com atenção por agentes dos Palácios dos Leões e do de La Ravardière.
Atual presidente, Paulo Victor (PSB) tem como projeto reeleger-se com a maior votação da história da CMSL e, desta forma, cacifar-se para continuar dirigindo a Casa no próximo biênio, pavimentando seu caminho para chegar na Assembleia Legislativa ou Câmara Federal em 2026.
O vereador, através de considerável apoio logístico e financeiro, almeja reeleger e eleger pares que lhe ajudem a formar um grupo que detenha maioria já no início da disputa, após o dia 06 de outubro.
Paulo Victor também espera contar com o apoio do governador Carlos Brandão (PSB).
Então, ele é franco favorito, atestaria o leitor.
Se toda a engenharia desenhada der certo, ele é favoritíssimo.
Porém, existem engrenagens ainda em fase de montagem que podem derrubá-lo.
Nem de longe Paulo Victor permanece contando com a mesma confiança e simpatia por parte do governador; de alguns dos seus familiares; e de políticos dos primeiro e segundo escalões do Governo.
Cenário construído por meio dos próprios erros do atual presidente da Câmara, cuja sensação de poder fez com que ele, após ter interesses contrariados, por exemplo, entrasse em rota de colisão com políticos de prestígio e poder.
Atos administrativos extremamente nebulosos – alguns deles já noticiados neste espaço (reveja, reveja, reveja e reveja) – e investigações patrocinadas pelo Ministério Público, sobre possíveis desvios de recursos oriundos de emendas parlamentares, fizeram com que a Casa, na gestão Paulo Victor, obtivesse uma pecha nada agradável.
O editor do Blog apurou que há um projeto ainda embrionário, que vem sendo conversado por alguns parlamentares de forma extremamente reservada, no sentido de formar um colegiado que faça frente ao projeto de Victor.
Já alguns agentes do Palácio dos Leões defendem, como forma resgatar a imagem desgastada do Parlamento, a eleição para presidência de uma mulher na qual governistas de proa pudessem confiar plenamente.
Esta poderia ser uma vereadora reeleita ou uma candidata eleita para o seu primeiro mandato, como foi o caso da deputada estadual Iracema Vale (PSB), eleita e já reeleita presidente da Assembleia Legislativa.
Diferentemente do que ocorreu no passado, o Palácio de La Ravardière, caso permaneça sob o comando do prefeito Eduardo Braide (PSD), teria interesse de ver um aliado [ou aliada] sentado no lugar de PV a partir do ano que vem.
Na bolsa de apostas, uma mulher eleita é a possibilidade mais citada.
Estas, portanto, são informações de bastidores colhidas junto a fontes fidedignas, com acesso aos espaços de poder e que, em alguns casos, terão participação direta no desenrolar desta história.