A presença de animais silvestres têm sido comum nas áreas urbanas do Maranhão.
Para reduzir essa incidência, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) fortalece o trabalho de captura desses animais, com objetivo de garantir a segurança da população e o bem-estar das espécies.
Dados do Batalhão de Bombeiro Ambiental (BBA) apontam que, neste quadrimestre, totalizaram 1.736 animais silvestres capturados em áreas de moradia no estado. Destes, 67% na capital. São aves de grande porte, abelhas e até répteis como jacarés e cobras.
Na avaliação da comandante do BBA, tenente-coronel Priscila Chahini, “a frequência desse tipo de ocorrência evidencia a importância das operações da corporação para atender às demandas, de forma rápida e eficaz”. Ela faz um alerta em caso de encontro com estas espécies. “Não se deve tentar pegar o animal, nem alimentá-lo. Mantenha distância e acione os bombeiros. Nossas equipes estão sempre prontas para agir e garantir a segurança, tanto dos moradores, quanto dos animais”, reitera.
Ela relata casos curiosos, envolvendo gambás, conhecidos popularmente na região como ‘mucura’. Em uma situação, o animal usou a tática de se fingir de morto. “Mas, logo após ser capturado pela guarnição, ele reagiu e tentou atacar”, conta a tenente-coronel Chahini. Em outro caso, a mucura havia sido atacada e morta pelo cachorro da residência. “Porém, fizemos o resgate dos filhotes que estavam com a mãe no momento e conseguimos salvá-los”, lembra. Houve ainda o caso de uma cobra, em bairro da capital, que estava comendo um gato, quando foi capturada pelos bombeiros.
Para atuar nesta atividade, o bombeiro recebe capacitação durante o curso de formação, além de participar de requalificações e treinamento contínuo. “Com estes conhecimentos e os equipamentos adequados, o bombeiro realiza uma captura assertiva, evitando fuga do animal e garantindo a segurança da guarnição e de terceiros”, explica a tenente-coronel Priscila Chahini.
Como procedimentos padrão, os bombeiros capturam os animais, utilizando equipamentos de proteção individual como luva e capacete; dependendo da espécie, para captura são usados pinças, cambão, rede de captura e escada; e para condução do animal, caixa de madeira e gaiola de metal. Após a captura, as espécies são encaminhas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) para receberem os cuidados necessários.
Além da captura de animais, o BBA atua em operações de combate a incêndios (florestal e urbano), corte de árvores em iminente risco de queda, contenção de abelhas, vazamento de gás de cozinha e atendimento pré-hospitalar.