Duarte Júnior confirma negociação para ter apoio do PL em São Luís

O deputado federal Duarte Júnior, pré-candidato a prefeito de São Luís pelo PSB, partido do governador Carlos Brandão, confirmou na noite de ontem, durante entrevista ao programa Tá na Hora Maranhão, da TV Difusora, que está negociando apoio do PL, sigla a qual pertence o ex-presidente Jair Bolsonaro, ao seu projeto de chegar ao comando do Palácio de La Ravardière.

O partido possui o maior tempo na propaganda eleitoral gratuita e fundo eleitoral mais do que robusto.

A informação confirma recente declaração dada pelo vereador Aldir Júnior, dirigente do diretório municipal da legenda, ao programa Ponto Continuando, da 92.3 FM.

O ex-presidente do Procon disse que já conversou com a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e que também vem mantendo diálogo com a deputada federal Detinha, presidente do PL na capital maranhense, e o próprio Aldir Júnior.

“Sobre o PL, partido que está na outra ponta, partido de direita, já recebi o pensamento favorável à nossa pré-candidatura tanto da deputada Detinha como também do vereador Aldir Jr. Estamos reunindo todos porque o nosso objetivo é resolver o seu problema enquanto cidadão, enquanto consumidor”, afirmou.

Duarte criticou a polarização Lulismo x Bolsonarismo, afirmando não fazer o menor sentido.

“É claro que você tem um político de preferência, tem gente que apoia o Lula, tem gente que apoia o Bolsonaro, mas eu tenho plena certeza de que quem está em casa o que mais quer é a resolução dos seus problemas. Essa discussão, essa polarização eu acho que não faz o menor sentido, o que importa para as pessoas é o resultado e eu tenho feito essas costuras, esses diálogos, Brasília tem ajudado muito nesse sentido. Se nós pensarmos em ganhar a eleição e governador só para um determinado grupo, vai ser um governo ruim, que não vai garantir resultados. Se faz necessário esse diálogo com as mais variadas frentes. Eu entendo que é isso que as pessoas querem. As pessoas quando têm necessidades, quando precisam de um medicamento, quando precisa tapar o buraco da rua, quando precisa matricular o filho numa creche ou numa escola, o cidadão não quer saber se o gestor é da direita ou da esquerda. Ele quer que ele resolva os problemas, e o governo federal tem caminhado nessa linha”.

Duarte Júnior já garantiu, por exemplo, o apoio do petismo, que está federado com o PC do B e PV.

O seu companheiro ou companheira de chapa, inclusive, será uma indicação do partido do presidente Lula.

Em 2020, quando concorreu pela primeira vez para Prefeitura, tendo ficado em segundo lugar, Duarte estava filiado ao Republicanos, então partido de Bolsonaro.

Coerência – Poucas horas após a entrevista concedida pelo deputado federal, o vice-governador Felipe Camarão, do PT e que figura como um dos coordenadores da pré-campanha do socialista, postou a seguinte avaliação nas redes sociais:

“Nenhum extremismo é bom. Nem na política. Por outro lado, governabilidade é diferente de disputa eleitoral. Algumas vezes prefeitos, governadores e presidentes fazem, sim, alianças com adversários para governar bem. É salutar. Mas na disputa eleitoral julgo que temos que ter lado. Quando em alguns casos me manifesto contra alianças com a ultradireita extremista, não estou o extremo oposto. Mas apenas sendo coerente de defender minha posição política progressista, de esquerda, petista e lulista. Fizemos frente ampla para derrotar o Bolsonarismo. E vencemos!. É preciso, portanto, que em 24 continuemos em busca de gestões humanas, que priorizem educação em vez de armas; cultura em vez de tanques; amor em vez de ódio; respeito em vez de preconceito; saúde em vez da anti vacina; democracia em vez de ditadura. É por isso que luto”.

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