Com a retirada da pré-candidatura a prefeito de São Luís do presidente da Câmara Municipal, Paulo Victor (PSDB) nesta manhã, confirmada por ele próprio durante discurso na Casa, as atenções se voltam, a partir de agora, para detectar qual caminho o vereador e seu grupo político seguirão na disputa pelo comando do Palácio de La Ravardière ano que vem.
O certo é que PV apoiará um projeto do campo do governador Carlos Brandão (PSDB), seu aliado.
Dois cenários aparecem como os principais e que, de fato, possuem mais chances de se concretizar.
O primeiro tem como ator principal o ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior, que busca filiar-se ao PV para ter o apoio da federação formada pelos verdes, PT e PC do B.
Paulo e Edivaldo são amigos e o primeiro, sempre que possível, faz questão de externar isso relembrando também o fato de ter exercido a titularidade do mandato de vereador graças a uma articulação que envolveu o então prefeito à época.
Os dois políticos estiveram reunidos na semana passada, inclusive, quando a decisão de PV já havia sido anunciada a um grupo de vereadores em sua residência.
Em outro cenário aparece o deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil), terceiro colocado no pleito de 2020.
Ele e Paulo Victor já se reuniram algumas vezes e mantém excelente relacionamento.
Um terceiro cenário, menos provável, mas não impossível, envolve o deputado federal Duarte Júnior (PSB).
Pelo menos até aonde se sabe, eles ainda não trataram publicamente da sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD), pré-candidato a reeleição.
O ex-presidente do Procon não possui proximidade com PV e também não figura como preferência de Brandão.
Aliado a isso, detém grande dificuldade de articulação política.
O leitor (a) poderia fazer a seguinte pergunta: e os deputados Yglésio Moyses e Wellington do Curso…não poderiam receber o apoio de PV?
Cravo que a chance é zero.
Moyses pretende filiar-se ao Novo para concorrer representando um projeto do campo da direita.
Victor é apoiador do presidente Lula (PT).
Do Curso ainda não tem nenhuma certeza se, sequer, terá partido para participar da eleição.