Aliados dos dois políticos, em público, evitam tratar do assunto.

E quando tratam afirmam que nada está acontecendo.

No entanto, nos bastidores, confirmam que, de fato, há um distanciamento latente entre o governador Carlos Brandão e o ex-governador e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ambos do PSB.

Brandão esteve mais uma vez em Brasília, esta semana, cumprindo agenda de trabalho.

Visitou ministérios; manteve encontros políticos; e reuniu-se com o deputado estadual licenciado e secretário de Estado de Representação Institucional do Governo, Othelino Neto (PC do B), e sua esposa, a senadora Ana Paula Lobato (PSB), que exerce o mandato no lugar de Dino, por exemplo.

E, mais uma vez, nenhum registro de encontro com o ex-governador.

O distanciamento entre Brandão e Dino é constatado desde o início do ano.

O senador licenciado, que se elegeu na chapa do socialista, em 2022, não participou das duas cerimônias de recondução de Carlos Brandão ao cargo, em São Luís e Imperatriz.

No Carnaval de São Luís, desfilou em trio elétrico e passou em frente ao camarote onde estava o governador, não tendo feito nenhum gesto de cumprimento.

Visitou duas vezes o Palácio dos Leões na ausência do governador.

E, sequer, replicou twitte no qual Brandão saiu em sua defesa em relação ao episódio da sua visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Brandão, de acordo com o que apurado, cumpriu todos os seus compromissos com Dino sobre espaços de poder no Governo.

Obviamente que o ministro queria manter seus tentáculos mais extensos, como no caso da Emap, de onde Ted Lago, seu aliado, foi demitido.

Depois de passar sete anos comandando o Maranhão, na avaliação de políticos ligados aos Leões, Dino, talvez, ainda não tenha captado que o governador é Brandão.

E é ele quem dita as regras do jogo.

Se haverá, ou não, rompimento político, somente o tempo dirá.