Imperatriz espera manifestação do Tribunal de Justiça para iniciar trabalhos com a Sanurban

A declaração foi dada pela Procuradora Geral do Município de Imperatriz, Alessandra Belfort, em entrevista para uma reportagem produzida pela TV Difusora Sul, sobre a falta de água no bairro São José, situação que obrigada moradores a saírem de casa cedo, transportando baldes em carro de mão, para buscar água na parte mais baixa do bairro.

O descaso é tão sério ao ponto de atrapalhar até mesmo programações religiosas, conforme mostra a matéria.

Na reportagem, Alessandra Belfort, explica que “atualmente nós temos um processo na Vara da Fazenda Pública de Imperatriz, em que o Município de Imperatriz pretende anular o contrato com a Caema, por que nós apontamos diversas irregularidades na contratação”.

A procuradora afirma que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, Caema, entrou com recurso e que o Município tem firmado um Termo de Ajustamento de Conduta, TAC, com o Ministério Público para a fazer a transição, o que dará início as atividades de abastecimento e saneamento, temporariamente, por parte da empresa Sanurban Saneamento Urbano e Construções. “Estamos aguardando o Tribunal se manifestar”, comenta Alessandra.

Enquanto a Justiça não decide, a Caema continua deixando a desejar e provocando transtornos à população de Imperatriz. Na Rua 17, bairro São José, o pastor evangélico, Rosenildo Silva, mais uma vez cancelou um culto, pela falta de água. “Precisei novamente cancelar o culto, por que sem água fica difícil até mesmo para igreja receber as pessoas, sem poder oferecer uma água, sem poder liberar o banheiro. Precisamos de uma empresa que mostre uma solução. Pra Caema não dá mais”, comentou.

Samira, que todos os dias acorda às 5h para carregar água em baldes transportados em um carro de mão, cansou da rotina que provoca até dores no corpo. “Ninguém aguenta isso por um período de 30 dias direto, pois estamos esse tempo sem ter água. Se chegar a outra empresa e resolver o problema, seria muito bom”.

Ao lado, Maria Noêmia enfrenta o desafio de buscar água todos os dias na residência de uma moradora de outra rua, pegar água do poço, para garantir a higiene e produção de alimentos para ela, sete crianças e mais cinco pessoas adultas. “Hoje não tem água. Ontem não teve, faz dias que não tem. Não aguento mais. Sem falar que água que consigo é de poço, e suja”.

Em nota, á TV, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou que enviou equipes na Rua 17 para realizar manutenção corretiva na rede do bairro São José, com objetivo de normalizar o abastecimento na região.

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