Petistas do Maranhão são contra federação partidária com PSB e PC do B

A comissão executiva estadual do PT emitiu documento (veja Aqui), na noite de ontem, firmando posicionamento contrário a uma possível federação partidária envolvendo a sigla, PC do B e PSB.

O posicionamento conta com as chancelas de deputados estadual e federal eleitos pelo partido – e que concorrerão a reeleição – além de pré-candidatos filiados e que pretendem disputar o pleito proporcional do ano que vem.

A decisão, já encaminhada para avaliação da executiva nacional, em Brasília, é um banho de água fria nas pretensões e articulações políticas do governador Flávio Dino, que foi eleito e reeleito pelo PC do B e que se filiou recentemente ao PSB, por onde pretende eleger-se senador.

Dino enxerga na junção dos três partidos a oportunidade perfeita para trazer pelo “beiço” o PT para uma aliança com o vice-governador Carlos Brandão, do PSDB.

“De acordo com projeções feitas por todas as forças internas do nosso Partido, a elegibilidade de nossos candidatos aos cargos de deputado estadual e deputado federal estará irremediavelmente comprometida caso se concretize a formação de federação com os partidos PCdoB e PSB. No que diz respeito à eleição para a Assembleia Legislativa, a federação nos trará dificuldades até mesmo para reelegermos Zé Inácio, nosso atual e único deputado estadual. Ou seja, segundo nossos cálculos e projeções, é plenamente possível – com a formação da referida federação – que não façamos ao menos um deputado estadual do nosso Partido. Por outro lado, e também de acordo com nossos cálculos e projeções, ressaltamos que, sem a federação, teríamos plena possibilidade de elegermos até 3 (três) deputados estaduais, dada a chapa pura competitiva que vinha se desenhando”, diz um dos trechos do documento.

“Com a federação, da mesma forma, teremos muita dificuldade para reelegermos nosso único deputado federal, o companheiro Zé Carlos. Não podemos esquecer que em 2018, mesmo não participando de nenhuma coligação, Zé Carlos obteve votação suficiente para, na soma geral dos votos do Partido, conseguir se eleger para seu segundo mandato”, completou.

“A dificuldade para elegermos candidatos do nosso Partido no âmbito da federação se dá pelo fato de que tanto PSB quanto PCdoB possuem candidatos – tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara dos Deputados – com maiores estruturas e chances de eleição ou reeleição do que os candidatos do PT: No caso do PCdoB, Ana do Gás, Othelino Neto, Adelmo Soares e Carlinhos Florêncio são parlamentares estaduais de mandato e que até o momento não decaíram da pretensão de reeleição; Marcio Jerry e Rubens Júnior na esfera federal, idem. No caso do PSB, atual partido do Governador Flávio Dino, a situação é a mesma: deputados estaduais de mandato como Marco Aurélio e Edson Araújo; além de nomes que ocupam espaços de expressiva projeção, a exemplo do Secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula e o Secretário de Estado da Agricultura Familiar, Rodrigo Lago. E os federais, como então deputado estadual Duarte Júnior e deputado federal de mandato, Bira do Pindaré”.

“Outro ponto a considerar, com muita responsabilidade, é o tamanho das chapas das federações – número de vagas mais um. Uma nominata nesses moldes reduzirá as candidaturas do PT a um terço do que poderia ser, acarretando em uma estratégia de escolha e consequente exclusão de nomes e em uma menor quantidade de votos para contribuir nos cálculos, impactando diretamente na eleição dos nossos candidatos. Em face da situação acima exposta, esta Executiva Estadual, juntamente com nossos parlamentares e nossos pré-candidatos, se manifesta contra a posição de federação”, finalizou.

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