Suposto acordo político envolvendo Luís Fernando deve gerar desconforto na base governista

Recheada por atores e partidos diversos, a base política que presta apoio ao governo Flávio Dino (PC do B) pode entrar em desconforto, tão logo seja oficializada a nomeação do economista Luis Fernando Silva para o comando da Secretaria de Estado de Projetos Especiais.

O tucano deverá renunciar, pela segunda vez, ao cargo de prefeito de São José de Ribamar para integrar o quadro de auxiliares de ponta do governador.

A ida de LF para a gestão de Dino sugere todo tipo de especulação. Todas elas direcionam para acordos políticos que irão beneficiar futuramente o ainda prefeito e o seu amigo pessoal, o vice-governador Carlos Brandão (PRB), apontando como mentor desta articulação.

Nos Projetos Especiais, Luís Fernando atuaria com considerável força política e institucional perante os municípios, em especial os da Grande Ilha. No bojo deste trabalho, reforçaria o nome de Brandão e a sua pré-candidatura ao governo do estado, em 2022.

É praticamente nula a possibilidade do vice-governador pleitear, sozinho, a condição de sucessor de Flávio Dino, que mira na possibilidade de concorrer à Presidência da República.

Outras figuras de proa do grupo governista, como o senador Weverton Rocha (PDT), também estão interessadas na sucessão e irão trabalhar para se viabilizar.

Além de reforçar o projeto “Brandão Governador”, o economista, que é ex-aliado da família Sarney e a representou, como pré-candidato ao governo, entre os anos de 2011 e 2014, também disputaria a eleição de 2022, segundo as especulações.

A única vaga para o Senado, hoje ocupada por Roberto Rocha, seria a moeda de troca para que LF abdique da prefeitura do Santo Padroeiro do Maranhão.

Ocorre que esta vaga também é almejada por muitos governistas de peso, como o ainda prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT); e o deputado federal e presidente regional do PR, Josimar de Maranhãozinho – só para citar este dois exemplos.

Paralelo a isso, Luis Fernando ainda terá que fazer promessa pedindo que o projeto “Dino Presidente” dê certo.

Caso contrário, o governador recuará e, para não ficar sem mandato, concorrerá à Câmara Alta.

E toda costura de bastidores feita com o ainda prefeito, por intermédio do vice-governador, dará em nada.

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