Sem possuir apoios dentro do partido, o sindicalista Aníbal Lins confirmou nesta tarde, através de comunicado, que ingressou na Justiça para evitar que o PT realize na sexta-feira (27), a partir das 9h, na Assembleia Legislativa, encontro de Tática Eleitoral no qual o partido confirmará apoio a reeleição do governador Flávio Dino (PC do B).
Lins registrou pela sigla sua pré-candidatura ao governo, situação que será enterrada no evento político de amanhã.
“Cumpro o dever de comunicar aos companheiros e companheiras do Partido dos Trabalhadores-PT que ingressei com uma medida judicial, visando suspender a realização do Encontro Estadual de Tática Eleitoral no Maranhão nesta sexta feira, 27/07, bem como objetivando sejam declarados NULOS todos os atos praticados pela direção estadual do PT-MA, caso essa insista em contrariar a Resolução da Comissão Executiva Nacional que adiou o referido encontro para o próximo dia 02 de AGOSTO. Caso a direção Estadual do PT cumpra a decisão colegiada da Executiva Nacional, desistirei de pronto da referida medida judicial, que visa resguardar o fiel cumprimento das deliberações das instâncias decisórias democráticas do PT. Faço isso em nome de resguardar os interesses estratégicos e nacionais do PT, notadamente a campanha para elegermos Lula a Presidente da República, ou quem Lula indicar. Ainda que não seja concedida medida liminar, repito, todos os atos que possam vir a ser praticados amanhã pela direção estadual do PT-MA poderão vir a ser declarados NULOS”, afirmou o sindicalista em um dos trechos do comunicado.
A manobra do petista foi repudiada pelo seu próprio companheiro de partido, o ex-secretário estadual de Esporte e Lazer e membro da executiva nacional, Márcio Jardim.
“Recurso na justiça comum para dirimir controvérsias internas ao PT não contam com meu apoio. Só servem para colocar o partido em condição ainda mais vexatória no Maranhão. A decisão política de apoiar a reeleição do gov Flavio Dino não será alterada por medida de força judicial”, escreveu Jardim nas suas redes sociais.
É possível que o PT seja contemplado na chapa majoritária de Dino com uma suplência de senador.