O deputado federal Waldir Maranhão se reaproximou do governador Flávio Dino (PC do B) e ainda tenta uma última cartada com o objetivo de viabilizar o seu projeto de figurar como segundo nome na chapa senatorial ligada ao comunista.

Waldir estava desaparecido do noticiário desde o início do mês e se absteve, ao longo das últimas semanas, de participar de eventos promovidos por Dino.

No entanto, no último sábado, o parlamentar resolveu reaparecer e participou de agenda de trabalho do governador nas cidades de Parnarama, Buriti Bravo, Lagoa do Mato e Passagem Franca.

O deputado tenta deixar o nanico Avante e se filiar a um partido que lhe dê musculatura necessária para pleitear a segunda vaga ao Senado.

Waldir articula para ingressar no PT, legenda, cuja ala liderada por Augusto Lobato, apoia a reeleição de Dino.

No entanto, é justamente o grupo liderado por Lobato que continua dificultando sua vida.

Em contrapartida, correntes do PT que defendem participação do partido na chapa majoritária de Flávio Dino – seja na condição de vice-governador, seja para o Senado – enxergam no nome de Waldir a possibilidade de lograr êxito.

Ocorre que, além do deputado federal, o ex-secretário de Estado do Esporte e Lazer, Márcio Jardim, continua sustentando o desejo de ser o representante petista ao Senado.

Eles contam, ainda, com a concorrência de Nonato Chocolate, da corrente Construindo um Novo Brasil, que também já lançou sua pré-candidatura à Câmara Alta.

Sentindo-se escanteado dentro do grupo do governador, Waldir Maranhão chegou a ensaiar um rompimento com Flávio Dino.

Reuniu-se, inclusive, com o ex-presidente José Sarney (MDB) e com ex-governador José Reinaldo Tavares, pré-candidato ao Senado e que tenta criar um via política alternativa que terá o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) como candidato ao governo.

Porém, a reaproximação de Waldir com Dino, neste último fim de semana, demonstra que o deputado resolveu abdicar do projeto de tornar-se oposição.

Preferiu permanecer no grupo político do comunista e, nele, tentar vencer a queda de braço com a deputada federal Eliziane Gama (PPS).