O governador Flávio Dino (PC do B) deu início à reforma administrativa ocasionada pela desincompatibilização de membros da sua equipe que irão disputar as eleições proporcionais deste ano.

O comunista anunciou neste sábado (17), nas suas redes sociais, a saída de Adelmo Soares da pasta da Agricultura Familiar, que será comandada pelo ex-presidente da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural, Júlio Corrêa.

A AGERP, segundo Dino, será dirigida por Loroana Santana, atual secretária adjunta da SAF.

Pelo menos outros nove secretários estaduais deixarão o governo para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

São eles: Marcelo Tavares (chefe da Casa Civil), Duarte Júnior (presidente do Procon/Ma), Márcio Honaiser (Agricultura), Odair José (CCL), Neto Evangelista (Desenvolvimento Social), Márcio Jerry (Comunicação e Assuntos Políticos), Pedro Lucas Fernandes (Agência Metropolitana), Simplício Araújo (Indústria e Comércio) e Julião Amin (Trabalho e Economia Solidária).

Alguns destes políticos, como Tavares, Jerry, Evangelista, Honaiser e o próprio Adelmo Soares, estão sendo investigados pelo Ministério Público Eleitoral acusados de usar da força dos cargos que exercem para fazer política.

O caso foi denunciado, ainda no ano passado, por deputados estaduais que integram a base de apoio de Flávio Dino na Assembleia.

Fábio Macedo (PDT), Raimundo Cutrim (PC do B), Júnior Verde (PRB) e Josimar de Maranhãozinho (PR), por exemplo, criticaram publicamente secretários que, de acordo com eles, estavam invadindo suas bases eleitorais oferecendo benefícios proporcionados pelo Palácio dos Leões em troca de apoio político.

A investigação no MPE foi formalizada a partir de denúncia proposta pelo ex-vereador de São Luís e vice-presidente estadual do PRP, Severino Sales, que é aliado do ex-secretário estadual de saúde e pré-candidato ao governo, Ricardo Murad.