Deputados estaduais que até bem pouco tempo denunciavam abusos praticados por auxiliares do primeiro escalão do governo maranhense que irão disputar o pleito deste ano estão, desde a semana passada, em silêncio sepulcral.

Estes parlamentares, em 2017 e este ano, tiveram a coragem de subir na Tribuna por diversas vezes para demonstrar indignação contra atos praticados por secretários estaduais que, segundo eles, estavam utilizando da força do cargo para invadir suas bases eleitorais objetivando angariar dividendos para suas empreitadas rumo à Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Os integrantes deste time fazem parte da base de apoio do Palácio dos Leões e estão irmanados no projeto de reeleger o govenador Flávio Dino (PC do B).

São figuras como Fábio Macedo (PDT), Raimundo Cutrim (PC do B), Josimar de Maranhãozinho (PR), Júnior Verde (PRB), Stênio Rezende (DEM), Sérgio Frota (PSDD) e Vinicius Louro (PR).

No entanto, desde que a Justiça Eleitoral instaurou procedimento para apurar as denúncias feitas pelos próprios deputados, e oficializada através de pedido protocolado pelo PRP, os edis resolveram se calar.

A eles, a Procuradoria Regional Eleitoral encaminhou os seguintes questionamentos: sabe informar a identidade desses secretários?; sabe informar em quais municípios os fatos se deram?; sabe dizer em quê consistiram os benefícios em troca de apoio político?; sabe informar quais os prefeitos e lideranças que teriam sido assediados/pressionados por esses secretários?; deseja relatar algum outro episodio de que seja conhecedor mas que não tenha sido mencionado?

Até o momento, nenhuma palavra no plenário da AL ou resposta à Justiça.