Falas públicas atestam que Dino, mesmo no STF, continua fazendo política no Maranhão

O editor do Blog separou três falas públicas, dadas recentemente, que atestam uma situação que, nos bastidores, já era apontada como certa: o ex-governador Flávio Dino, apesar de ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe proíbe de desenvolver atividades políticas/partidárias, de acordo com o que reza a Constituição, continua militando politicamente no Maranhão e liderando grupo político.

No dia 07 deste mês, o presidente Lula, em entrevista concedida na cidade de Imperatriz, na região Tocantina, confirmou que iria agir visando construir um ambiente de paz entre dinistas e o grupo do governador Carlos Brandão.

O petista citou nominalmente Flávio Dino no processo de articulação em busca da pacificação.

“Eu tenho uma relação com o governo do Brandão extraordinariamente boa, muito boa. Eu tenho uma relação com o ex-governador Flávio Dino muito boa. Eu tenho uma aliança muito boa com dois senadores deste Estado, que é o Weverton e a Eliziane”. “Nós temos que fazer com que a aliança política neste Estado, que ganhou a última eleição, se mantenha. O Brandão tem responsabilidade. O Flávio Dino tem responsabilidade. Os deputados têm responsabilidade. Os senadores têm responsabilidade. O vice-governador tem responsabilidade”.

Alcançados por um escândalo que aponta para uma rede de chantagens, achaques e ameaças, Diego Galdino, atual secretário executivo do Ministério do Esporte, e o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT), em gravações de áudio que se tornaram públicas nesta última terça-feira, 21, citam Flávio Dino em conchavos políticos relacionados ao pleito de 2024 que, caso fossem cumpridos, resultariam, por exemplo, na liberação, por parte do ministro, de processo sobre indicação de dois conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) que estão parados na Suprema Corte sob a relatoria do ex-governador.

“Eu conversei com o Flávio, é, semana passada. E aí ele conversou pessoalmente comigo e disse com essas palavras que eu vou te dizer aqui: Galdino, conversa com o Felipe [Camarão], conversa com Brandão, que eu só quero conversar sobre Colinas. Eu só faço questão de Colinas. Deixa para lá Barreirinhas, deixa para lá as outras coisas. Se eles fizerem um gesto para mim, conversar comigo sobre Colinas, para não ter confusão, só queria que mantivesse o acordo de Colinas. Flávio: eu abro mão de Barreirinhas, eu abro mão do que for e só preciso que eles resolvam Colinas para mim. Fala para Brandão que eu só preciso que ele resolva Colinas para mim que o resto está superado”, disse Galdino, que exerceu diversos postos de secretário de Estado quando Dino comandava o Maranhão.

“O pedido basicamente são duas coisas: cumprir o acordo de Colinas e tratar bem quem votou no governador. Aí ele diz lá que é os deputados Rodrigo [Lago], Lula [Carlos], Júlio [Mendonça], não sei o que. Ele disse Júnior, se a gente conseguir avanças nessas duas pautas, zera tudo. Eu libero TCE, a gente faz de conta que a gente nunca se desentendeu em nada na vida. Zera o jogo todo de novo”, pontou Rubens Pereira.

Se existiam dúvidas sobre assunto, acredito que elas foram totalmente dirimidas.

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