O advogado e presidente do Novo no Maranhão, Leonardo Arruda (foto), em entrevista ao editor do Blog, tratou de alguns temas relacionados ao partido e aos pleitos majoritário e proporcional de 2026.
Devido a uma cirurgia à qual foi submetido, o dirigente não pôde participar do lançamento da pré-candidatura do médico Lahesio Bonfim ao Governo do Estado, ocorrida no último sábado na cidade de Marajá do Sena.
Na ocasião, o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, que ingressou na sigla em 2023, lançou a pré-candidatura ao Senado da vereadora eleita por São Luís, Flávia Berthier, do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (reveja).
Questionado sobre se, de fato, Lahesio detém todas as garantias do partido para participar da disputa pelo comando do Palácio dos Leões, Arruda afirmou:
“Lahesio veio para o NOVO com o projeto de ser candidato ao governo do Estado, o que foi visto com bons olhos pela executiva estadual. Desde então, iniciou-se um processo de construção e amadurecimento com o diretório nacional, filiados do partido e lideranças sobre tal possibilidade”.
Leonardo Arruda disse que, até o momento, não há nenhuma deliberação do Novo no sentido de aliançar-se com o PL de Berthier objetivando apoiá-la para Câmara Alta.
Ele também informou que, até o momento, não há nenhuma tratativa com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, e o seu partido, o PSD.
Falou sobre o desempenho da sigla na eleição municipal de 2024 e sobre a estratégia de Lahesio ter funcionado como uma espécie de “garoto propaganda” da mesma, acrescentando que o que, de fato, surtiu efeito nas urnas foi o dinheiro.
Arruda disse acreditar que, daqui a dois anos, o Novo terá condições de eleger dois representantes para Assembleia Legislativa e um para a Câmara Federal.
Abaixo, confira a entrevista:
Lahesio Bonfim, de fato, é o candidato do Novo para o Governo em 2026? A legenda está garantida a ele?
Lahesio veio para o NOVO com o projeto de ser candidato ao governo do Estado, o que foi visto com bons olhos pela executiva estadual. Desde então, iniciou-se um processo de construção e amadurecimento com o diretório nacional, filiados do partido e lideranças sobre tal possibilidade.
O partido vem mantendo diálogo com outras siglas no sentido de obter alianças para o pleito majoritário de daqui a dois anos? Quais partidos seriam estes?
O momento ainda é de muita análise do potencial cenário de 2026. Os diálogos, até o momento são amistosos, mas sem compromissos assumidos para o próximo pleito.
No pleito de 2024, o Novo elegeu quantos prefeitos (as) e vereadores (as) no Maranhão?
6 vereadores, sendo 1 em Barra do Corda; 1 em Grajaú; 2 em Loreto; 2 em São Pedro dos Crentes; e 1 vice-prefeito (São Pedro dos Crentes). Em nossa análise, um crescimento positivo para a legenda, principalmente quando analisarmos o ranking nacional do partido: o NOVO/MA é o 8º Estado da Federação com mais representantes eleitos da sigla, o que representa um enorme salto político ao considerarmos a recém-fundação da agremiação em nosso Estado (2020) e o modelo adotado por nós na política.
A estratégia de Lahesio ter funcionado como uma espécie de “garoto propaganda” do partido surtiu efeito na sua avaliação?
O que surtiu efeito nas eleições de 2024, em regra, foi dinheiro. Vimos uma das campanhas mais caras de toda a história do nosso Estado e, quiçá, do Brasil. O próprio Lula, estando sentado na cadeira de presidente, só conseguiu eleger dois prefeitos no Maranhão pelo seu partido. Por outro lado, o PL de Bolsonaro elegeu 40 prefeitos, porém nenhum apoiado por ele. Portanto, essa eleição não foi marcada por transferência direta de voto, independente do espectro político.
Lahesio lançou, no sábado, a pré-candidatura ao Senado da vereadora Flávia Berthier, do PL, do presidente Bolsonaro. Há, de fato, esta possibilidade da parlamentar figurar em uma chapa senatorial apoiando o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes?
Até o momento, não há deliberação do partido sobre tal assunto.
Há alguma tratativa do Novo com o PL para o pleito de 2026 no Maranhão?
Nenhuma.
Há, por exemplo, tratativas com outros agentes [políticos e presidentes de partidos] do campo da direita, como o ex-senador Roberto Rocha, que já publicizou sua disposição de concorrer ao Governo?
Diálogo sempre houve e haverá, contudo, entendo que ainda não é o momento de fazer costuras políticas para 2026. O momento é oportuno para trabalhar o nome do partido, reforçando o seu quadro e dando projeção para seus potenciais candidatos.
Há alguma tratativa do partido com o prefeito Eduardo Braide, do PSD, que pode, ou não, participar da disputa em 2026?
Até o momento, nenhuma.
Como o partido está se organizando para a eleição proporcional, na disputa para Assembleia Legislativa e Câmara Federal?
A meta nacional do NOVO é clara e objetiva: superar cláusula de barreiras em 2026. Para tanto, necessário a montagem de quadro competitivo para compor a nominata de Deputado Federal, porém sem fechar as portas para potenciais bons candidatos a estadual. No momento, estamos avaliando os quadros internos e buscando interessados ainda não filiados ao NOVO – com capilaridade política – para participar do pleito.
Há alguma meta para este cenário de disputa?
Acreditamos ser possível a eleição de 2 estaduais e 1 federal.