Deflagrada na manhã desta quarta-feira (14), no Maranhão, Pará e Rio de Janeiro, a operação “18 Minutos”, da Polícia Federal, atingiu, de acordo com informações extraoficiais, desembargadores e servidores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), além de advogados que militam no Estado.
Dos 55 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), 53 estão sendo cumpridos no Maranhão e atingiram funcionários do Palácio Clóvis Beviláqua e os gabinetes dos desembargadores Luís Gonzaga Nelma Sarney e Guerreiro Júnior – estes dois últimos permanecem afastados de suas funções por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – reveja e reveja.
Os gabinetes dos juízes Alice Rocha e Cristiano Simas também teriam sido alvos, de acordo com as informações.
Causídicos que integram o escritório Maranhão Advogados, de propriedade do advogado Carlos Luna, estão depondo, neste momento, na sede da superintendência regional da PF, no bairro da Cohama.
Além dos mandados de busca e apreensão, estão sendo cumpridas medidas cautelares, como o afastamento de cargos públicos, sequestro e indisponibilidade de bens e monitoramento eletrônico.
De acordo com as investigações, a organização criminosa é suspeita de atuar na manipulação de processos do Tribunal de Justiça do Maranhão com o intuito de obter vantagem financeira.
São investigados os crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Nota – O TJMA emitiu nota, agora a pouco, sobre o assunto.
“O Tribunal de Justiça do Maranhão comunica que tem colaborado com a “Operação 18 minutos”, realizada pela Polícia Federal, cumprindo determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na manhã desta quarta-feira (14/08), em algumas unidades do prédio-sede do TJMA e do Fórum de São Luís. Com fundamento nos princípios da transparência e da governança, o TJMA atende à determinação do STJ, que expediu mandados de busca e apreensão para a realização da operação pela PF”, diz o comunicado.