SindEducação não acata recomendação do MP e mantém greve em São Luís

Assembleia dos professores da rede municipal de ensino de São Luís, realizada na noite de ontem sob a coordenação do SindEducação, deliberou pela manutenção da greve da categoria na capital maranhense.

O Sindicato e os docentes não acataram recomendação do Ministério Público para que o Município encaminhasse projeto de lei para Câmara de Vereadores concedendo reajuste salarial de 10,06% e, desta forma, o movimento fosse encerrado visando não mais prejudicar os estudantes.

A categoria, no início da greve, deflagrada no mês passado, solicitava reajuste de 33,23%, o mesmo do piso nacional do magistério aprovado pelo Governo Federal.

Ocorre que o Município, além de não possuir capacidade financeira e orçamentária, comprovou perante o MP que apenas cerca de mil professores, entre ativos e inativos, ainda não recebem o percentual estabelecido pela nova lei. Projeto de lei corrigindo este cenário já se encontra no Parlamento de São Luís para ser apreciado.

Agora, os professores que participam do movimento grevista pedem reajuste de 17,62%.

Vale destacar que a Justiça do Maranhão já considerou a greve ilegal, tendo autorizado a Secretaria Municipal de Educação a descontar na folha os dias não trabalhados daqueles que não estão frequentando sala de aula.

Somente o reajuste de 10,06%, de acordo com levantamento recente apresentado pela Prefeitura, terá um impacto financeiro no orçamento do Município de R$ 60 milhões ao ano.

Vale destacar que os professores da capital não recebem este benefício a mais de quatro anos.

Já o reajuste de 8%, que está sendo direcionado para todos os servidores públicos municipais, que a cinco anos não são beneficiados com a medida, ofertará impacto anual de R$ 100 milhões aos cofres públicos.

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