Dino utilizará disputa entre Lula e Bolsonaro para esconder miséria do Maranhão

O ex-governador Flávio Dino (PSB) já tem uma estratégia pronta com o objetivo de camuflar os múltiplos fracassos da sua gestão, durante sete anos e três meses, e desta forma se beneficiar eleitoralmente visando a eleição para o Senado, em outubro.

A senha foi dada na noite de ontem, quando o comunasocialista, de forma indireta, tentou contrapor o lançamento de uma ampla frente política/partidária que estará unida no segundo turno para o Governo do Maranhão e que apoiará, no primeiro, a reeleição do senador Roberto Rocha (PTB).

“Time do @LulaOficial no Maranhão vai se reunir no próximo dia 7 pela manhã, em São Luís. Vamos conversar sobre programa de governo e os movimentos sociais vão se pronunciar. Eu estarei presente”, twittou o pré-candidato à Câmara Alta.

É justamente esta a tática de Dino e de seus aliados. Trazer do Planalto, para a Planície, uma discussão plebiscitária que envolve o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), ambos pré-candidatos ao Palácio do Planalto e que polarizam a disputa no campo federal.

E por qual motivo o ex-governador faria isto, perguntaria o nobre leitor?

Resposta: para desviar a atenção do eleitor maranhense, cuja preferência majoritária é pelo petista, e jogar para debaixo do tapete o cenário de miséria instalado no Maranhão.

Foi no governo de Flávio Dino e Carlos Brandão (PSB), atual governador tampão, que o IBGE, ano passado, atestou que o Estado lidera o ranking de brasileiros vivendo em extrema pobreza, com 1,4 milhão de pessoas.

Dos dez municípios brasileiros que apresentam os piores Índices de Desenvolvimento Humano, oito são maranhenses, ainda de acordo com o órgão federal.

O Maranhão é o estado da Federação que possui maior número de pessoas beneficiadas pelo Auxílio Brasil e que detém a menor taxa de empregos com carteira assinada se comparada ao quantitativo de cidadãos que recebem o benefício de transferência de renda criado pelo governo de Jair Bolsonaro, revelou estudo recente da FGV – IBRE (Instituto Brasileiro de Economia).

Um estudo publicado no Valor Econômico, ano passado, mostrou que o Maranhão é o estado com maior número de crianças e adolescentes até 17 anos vivendo na pobreza.

De acordo com o levantamento, 69% dos maranhenses nessa faixa etária estão na condição de pobreza, o que coloca o estado na ponta do ranking negativo.

Os dados são Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2019, levantados pelo Instituto Mobilidade de Desenvolvimento Social (IMDS).

Com Dino e Brandão, o Maranhão está em penúltimo lugar, perdendo apenas para o Acre, no Ranking de Competitividade dos Estados do Centro de Lideranças Políticas (CLP).

Estes são apenas alguns dos fracassos construídos pela República do Maranhão, fundada em 2015 por Dino e Brandão.