A oficialização da pré-candidatura a reeleição do vice-governador Carlos Brandão, ocorrida na noite de ontem, no Palácio dos Leões, mostrou o quão é frágil o projeto do político que classificava os ex-presidentes Lula e Dilma de estelionatários eleitorais.

Dirigentes de apenas quatro siglas – PSB, PROS, PC do B e PSDB – assinaram um documento chancelando apoio ao ainda tucano.

Brandão, além de ameaçar demitir aliados do governador Flávio Dino, pré-candidato ao Senado, confirmou, durante coletiva de imprensa, promovida em um hotel de luxo de São Luís, que deixará o PSDB para ingressar no PSB, tornando-se, desta forma, o mais novo esquerdista maranhense.

Caso deixe o ninho tucano, o vice-governador perderá o controle da legenda no Estado, conforme o editor do Blog já noticiou com exclusividade.

Paralelo a isso, Cidadania e PSDB caminham para se federalizar, o que fatalmente fará com que o primeiro partido saia das mãos de Eliel Gama, irmão da senadora Eliziane Gama, que já declarou apoio ao vice.

Eliziane, vale destacar, é cotada nos bastidores para assumir a presidência do tucanato maranhense.

Brandão também contabiliza como aliado o Patriotas. Trata-se de uma desinformação prestada ao eleitor e aos seus próprios apoiadores.

O partido, presidido pelo deputado federal Marreca Filho, apoia a pré-candidatura ao Governo do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL).

O PT é outra legenda que o vice informa falsamente que está ao seu lado.

O partido de Lula no Maranhão, na verdade, está rachado. Integrantes de algumas correntes apoiam o senador Weverton Rocha, pré-candidato do PDT ao Governo, e outras o próprio Brandão, como é o caso do presidente estadual Francimar Melo, servidor comissionado da pasta da Articulação Política.

O petismo só definirá posicionamento definitivo em março, quando promoverá seu Encontro de Tática Eleitoral.

E, ainda assim, o resultado da reunião terá que ser avalizado pela executiva nacional do partido e pelo próprio Lula.