A pré-candidatura ao Governo do secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão (PT), continua causando desconforto ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que assumirá o comando do Palácio dos Leões a partir de abril.
Além de ter que conviver com a força e prestígio que Camarão detém perante o governador Flávio Dino (PSB), confirmados, por exemplo, através do controle que o petista exerce em pelo menos seis pastas da da estrutura administrativa do Governo, o vice-governador enxerga no secretário um empecilho que pode lhe gerar sérios prejuízos políticos.
Um deles diz respeito a um grupo de vereadores de São Luís – formado por Paulo Victor (PC do B), Beto Castro (Avante), Andrey Monteiro (Republicanos), Concita Pinto (PCdoB), Marquinhos (DEM), Thyago Freitas (DC), Antônio Garcês (PTC), Edson Gaguinho (DEM), Umbelino Júnior (PRTB), Coletivo Nós (PT), Fátima Araújo (PCdoB) e Domingos Paz (Podemos) – que já estaria fechado com o projeto de reeleição do tucano.
Brandão, no mês de setembro, recebeu os parlamentares na residência oficial da vice-governadoria. Sua assessoria tratou do assunto como uma forte demonstração de força.
Ocorre que este mesmo grupo, nos bastidores, já estava fechado com a pré-candidatura a deputado federal do secretário.
Com a mudança de projeto de Camarão, alimentada pelo próprio Flávio Dino, cabe a pergunta: O chamado “Grupo dos 12” irá com Brandão ou Camarão?”.