O vice-governador Carlos Brandão movimenta-se nos bastidores com o objetivo de atrair para seu projeto de chegar na titularidade do comando do Palácio dos Leões, em 2022, o PT, partido dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.
Filiado ao PSDB, Brandão até já cogita a possibilidade de abandonar o ninho tucano para ingressar em um partido do campo da esquerda, o que, na sua avaliação, facilitaria uma aliança com o petismo, oferecendo a este uma posição de destaque – a candidatura ao cargo de vice-governador, por exemplo – na sua campanha do ano que vem.
No entanto, o tucano terá que fazer esforço hercúleo para convencer a executiva nacional do Partido dos Trabalhadores e, em especial, o próprio Lula.
Paralelo a isso, Brandão enfrenta forte resistência de petistas históricos, como o ex-ministro José Dirceu que, em recente visita ao Maranhão, deixou clara sua preferência por um acordo entre o PT e o PDT, do senador Weverton Rocha, também pré-candidato ao Leões e líder de todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas até o momento.
Lula e os petistas da nacional também levarão em conta, para a formação das alianças estaduais, o histórico político dos pré-candidatos, querendo estar perto daqueles que sempre estiveram ao seu lado.
E nesse quesito, Carlos Brandão também cai em desgraça.
Em uma rápida busca no site do PSDB nacional, encontra-se uma matéria na qual Brandão, no ano de 2014, quando exercia o cargo de deputado federal pelo PSDB, comentava o atraso das obras de implantação da Refinaria Premium I, no município de Bacabeira.
O empreendimento foi uma das principais bandeiras da campanha de Dilma em 2010, ano no qual ela e o então presidente Lula lançaram a pedra fundamental da obra.
Para o então deputado federal Carlos Brandão, o longo atraso mostra [ou mostrou] que a refinaria virou um caso de estelionato eleitoral.
“Além disso, ainda existem denúncias de superfaturamento e desvio de verba”, reprovou o tucano, à época, quando já se preparava para encarar, na condição de candidato a vice-governador, a campanha encabeçada pelo seu aliado Flávio Dino, ex-comunista e que acabou elegendo-se governador do Maranhão no primeiro turno.
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