O presidente da Câmara Municipal de São José de Ribamar, vereador Beto das Vilas (Republicanos), encaminhou ao Ministério Público e a Assembleia Legislativa documento (veja Aqui) no qual ele denuncia manobra patrocinada pelo prefeito Eudes Sampaio (PTB) que, utilizando-se da pandemia do Novo Coronavírus, encaminhou à Casa de Leis projeto solicitando autorização para contrair R$ 20 milhões junto a Caixa Econômica Federal.
A investida de Sampaio, que assumiu o comando da cidade do Santo Padroeiro do Maranhão em março do ano passado, após o então prefeito Luis Fernando Silva, eleito em 2016, renunciar ao cargo pela segunda vez (reveja e reveja) para abrigar-se no governo Flávio Dino (PC do B), foi exposta pelo editor do Blog no dia 11 do mês passado (reveja).
No início deste mês, Eudes, que é pré-candidato a reeleição, encaminhou expediente ao presidente Das Vilas pleiteando que o mesmo realizasse, em caráter de urgência, sessão extraordinária remota para apreciar projetos de interesse dos ribamarenses.
Para camuflar a jogada, o prefeito divulgou na imprensa e redes sociais que o objetivo principal seria aprovar mensagem decretando estado de calamidade pública em Ribamar devido a proliferação do COVID-19.
No entanto, tratou de esconder que, na remessa enviada ao Parlamento, continha o projeto que o autoriza a endividar o Município em R$ 20 milhões em pleno ano eleitoral.
Como Beto das Vilas, com a anuência da maioria dos seus pares, ainda não realizou a sessão extraordinária remota, Eudes encaminhou à Assembleia Legislativa pedido solicitando que a Casa, diante da omissão da Câmara ribamarense, decretasse o referido estado de calamidade pública.
A ação do prefeito fez com que o presidente da Câmara encaminhasse ao Ministério Público e a própria Alema documento relatando as verdadeiras intenções do petebista.
Beto fez, ainda, os seguintes pleitos: que seja reconhecida da inexistência de omissão do Parlamento de São José de Ribamar; que o pedido formulado pelo prefeito seja reconhecido como matéria alheia à competência da Assembleia; que seja analisada a conduta de Eudes Sampaio, no que se refere a criação de factoides, atuando de forma incompatível com o seu cargo, tentando criar fato político em ano eleitoral; que seja reconhecida a conduta incompatível com a dignidade e decoro do cargo, sendo encaminhado expediente aos órgãos de persecução e controle para os devidos fins.
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