Flávio Dino com o seu colega de partido, Orlando Silva.

Militando no campo da esquerda, PT e PC do B começam a externar uma crise que tem como pano de fundo a possível pré-candidatura do governador Flávio Dino, do Maranhão, à Presidência da República.

A situação ficou mais apimentada recentemente, após desmentidos feitos pelo ex-presidente Lula e pela deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.

Lula, na semana passada, em entrevista a Rede TV (reveja), admitiu a possibilidade do seu partido apoiar o nome de Dino para o Palácio do Planalto, em 2022.

Porém, fez a seguinte ressalva: “Eu gosto do Dino, acho ele uma figura competente, um companheiro da maior lealdade comigo em todo o meu processo. Tenho por ele um apreço extraordinário. Agora, veja, o PT é um partido muito grande comparado ao PCdoB. (…) É muito difícil imaginar eleger alguém de esquerda sem ser do PT”.

Já Hoffmann, esta semana, em entrevista ao Valor Econômico (reveja), sugeriu que Flávio Dino poderia se filiar aos quadros petistas para encabeçar uma chapa presidencial.

Dias depois, surge uma nova informação revelando que Lula teria sondado o maranhense para que este retornasse ao PT – Dino foi filiado à sigla no início da década de 80.

Tanto o ex-presidente, quanto a parlamentar, voltaram à público para dar novas versões acerca do tema.

“Pelo profundo respeito que eu tenho pelo PC do B, pelo PT, pelo Flávio Dino e pelo Fernando Haddad, jamais convidaria um membro do PC do B para se filiar ao PT”, afirmou o ex-presidente.

“Jamais faríamos um convite como esse”, cravou a deputada.

Diante da polêmica, o deputado federal, presidente do PC do B de São Paulo e ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva, reagiu e disparou:

“Flávio Dino é a novidade da política brasileira, não apenas da esquerda. Foi juiz, deputado e é governador. Conhece os três poderes. Tem sólida formação cristã e densa base cultural. A capacidade política e gerencial já foi demonstrada. É um excelente candidato a presidente. Mas, é comovente, digamos assim, o interesse do PT em apoiá-lo. Na verdade, querem tirá-lo do jogo, dar um ‘abraço de urso’ no nosso candidato”.

O assunto, com toda certeza, continuará rendendo. Vale aguardar.