Marcial Lima diz que São Luís tem grupos folclóricos suficientes para fazer São João grandioso

Embora faça questão de reafirmar sua admiração pelo São João, que considera a maior festa popular do Nordeste brasileiro, o vereador Marcial Lima (PRTB) critica a contratação de atrações musicais de fora do Maranhão para se apresentarem na programação junina em São Luís. Instado a falar sobre o assunto, ele não se fez de rogado e defendeu a cultura local.

Destacando o São João também como oportunidade de geração de trabalho e renda para o povo mais humilde, Marcial Lima adverte que é preciso, antes de tudo, ouvir quem faz a cultura antes de definir a programação. Segundo ele, há grupos folclóricos suficientes na capital e no entorno da Ilha de São Luís para preencher os cronogramas de atrações de todos os arraiais.

O vereador, que defende o São João descentralizado, alerta que quando o poder público contrata atrações de outros estados para o São João local, diminui, consequentemente, o número de apresentações dos grupos genuinamente maranhenses. “O cachê pago a atrações de fora poderia muito bem ser dividido entre os grupos juninos locais”, observa.

Frisa ainda Marcial que esse rateio faria aumentar a quantidade de dias da programação do São João e até resgataria arraiais que foram desativados. “Esses cachês pagariam a uma quantidade maior de brincadeiras, para que elas pudessem se dividir e descentralizar suas apresentações por toda a capital e a Ilha”, sugere.

Ainda de acordo com Marcial, com a contratação de atrações de outros estados, o São João do Maranhão perde sua característica.

Santo Antônio — A exclusão do Dia de Santo Antônio da programação junina é outro ponto criticado pelo vereador. Ele lembra que os festejos oficiais só começarão em 16 de junho, três dias após a datado calendário dedicada a Santo Antônio, que é muito reverenciado no Nordeste e tem grande importância para a temporada festiva.

Ele lamenta que a programação junina oficial tenha sido reduzida a apenas 10 dias. Para Marcial, não justifica, apesar do respeito que ele reafirma ter por todas as atrações que estão sendo anunciadas para o São João, a contratação de grupos de fora em uma festa pública. “Temos grupos locais o bastante para se apresentar em todos os arraiais”, assinala. “Temos manifestações suficientes, em todos os ritmos e sotaques, para animar a festa”, complementa.

Marcial Lima ressalta que o número de arraiais que integram a programação oficial é reduzido e poderia ser maior. “O governo poderia incentivar muito mais a descentralização do São João, como já foi no passado”, pondera.

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