Ao contrário do que muitos imaginam, a ida do ainda prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), para o governo Flávio Dino (PC do B) configura-se, tão somente, como um engendro articulado pelo vice-governador Carlos Brandão (PRB).
Como bem expor o jornalista Marcos D´Eça em seu blog (leia Aqui), Dino não precisa do tucano para tocar a sua gestão e, muito menos, seus projetos políticos futuros.
O governador aceitou abrigar Luis Fernando em seu governo exclusivamente a pedido de Brandão.
O vice-governador e o deputado estadual licenciado e atual chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, enxergam no ex-aliado da família Sarney um personagem importante que, em uma pasta técnica turbinada com recursos, pode contribuir com o projeto “Brandão Governador em 2022”.
Flávio Dino mantém relação amistosa com Luis Fernando. Esta aproximação foi proporcionada pela dupla Brandão e Tavares.
No entanto, o governador, nem de longe, considera o tucano um aliado fiel e querido. E não está em seus planos utilizá-lo nas eleições de 2020 e 2022.
Ao aceitar Luis Fernando em seu governo, Dino faz uma sinalização positiva ao seu vice, é verdade. Do tipo que diz: “Estou atendendo seu pedido. Agora, você é quem deve se viabilizar”.
Ou seja, Brandão, Tavares e Luis Fernando é que terão que trabalhar para, de fato, viabilizar um projeto político que beneficie o vice-governador e proporcione a ele a condição de suceder o comunista.
Já para Luis Fernando, renunciar ao cargo de prefeito, no atual momento, foi o que de melhor poderia ter ocorrido na sua breve vida politica.
Na cidade do Santo Padroeiro do Maranhão, o ex-aliado de Roseana Sarney desempenha uma administração pífia; alvo diário de reclamações dos moradores; e que possui uma rejeição que ultrapassa a casa dos 70%.
No governo, LF estará longe das cobranças dos ribamarenses.
E não irá se importar, nem um pouco, com o título de covarde dado a ele pelo povo que lhe elegeu, em 2016.
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