São Luís ainda mais bela e revitalizada nos seus 21 anos como Patrimônio da Humanidade

Há 22 anos uma equipe de avaliadores da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) percorreu ruas, becos, ladeiras e escadarias de São Luís para fazer a avaliação que recomendaria a qualificação de Patrimônio Cultural da Humanidade à Ilha do Amor.

O reconhecimento oficial veio no dia 6 de dezembro de 1997, em Nápoles, na Itália. Em 2018, a cidade comemora 21 anos do título e contabiliza um pacote de intervenções que contempla 44 obras que integram a política de valorização do Centro Histórico e ações de reocupação do lugar. Executadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a Prefeitura de São Luís, na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior, essas obras estão resgatando o apogeu da Cidade dos Azulejos e da Atenas Brasileira, como também é conhecida a capital do Maranhão.

A bela São Luís, que encantou os avaliadores com os seus belos casarões, azulejos e com toda sua história e conjunto arquitetônico formado por casarões seculares, atualmente recebe o maior volume de obras já realizado nos últimos 30 anos. Uma parte delas já está concluída e outras ainda estão em andamento. O fato é que pouco a pouco São Luís resgata exemplares arquitetônicos e históricos imprescindíveis para a memória cultural da população local e enche os olhos dos turistas nacionais e internacionais.

“Celebramos com muita alegria os 21 anos do título de Patrimônio da Humanidade a esta São Luís que está recebendo dezenas de obras de revitalização do seu Centro Histórico e ações importantes de reocupação do nosso principal cartão-postal. Reafirmamos nosso compromisso de fazer muito mais para a preservação da nossa história, da memória do nosso povo e das suas tradições e cultura”, afirmou o prefeito Edivaldo.

Com forte influência arquitetônica portuguesa, São Luís teve seu núcleo original fundado por franceses, em 1612. Com cerca de quatro mil imóveis construídos nos séculos XVIII e XIX, o Centro Histórico da capital maranhense agrega um dos mais ricos acervos arquitetônicos do mundo datados do período colonial, com casario, becos, escadarias, ruelas e outros detalhes singulares. Justamente o conjunto que conferiu à cidade o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, considerando, ainda, a representatividade desses atributos para a memória e a preservação da humanidade.

Obras – São Luís recebe um dos mais amplos projetos de revitalizações de espaços públicos, prédios e monumentos históricos do país. Para o superintendente do Iphan no Maranhão, Maurício Itapary, as obras são de grande relevância para o resgate da memória local e contribuem para estimular o turismo e setores econômicos da capital. “São obras imprescindíveis para o Centro Histórico de São Luís, considerando-se que nas áreas revitalizadas encontram-se os principais pontos turísticos da cidade. É também importante que a população esteja inserida nesse processo, para que façam a sua parte nos ajudando a preservar os espaços que estamos devolvendo à comunidade com todo o esplendor”, afirmou Itapary.

Os investimentos do PAC Cidades Históricas para a revitalização do patrimônio em São Luís são da ordem de R$ 133 milhões e compreendem 44 intervenções na área. O pacote prevê obras de revitalização do Complexo Deodoro – que compreende as praças Deodoro e Pantheon e as alamedas Silva Maia e Gomes de Castro – além da Rua Grande, entre outros espaços que contam a história da cidade e dos ludovicenses através dos séculos. Os novos aspectos urbanísticos dessas áreas estão transformando espaços, deixando-os mais bonitos e estimulantes à visitação pública. As obras do Complexo Deodoro estão sendo finalizadas e têm data prevista para serem entregues no dia 18 de deste mês. Já a Rua Grande, que abriga o maior centro de comércio aberto da cidade, está com obras previstas para serem concluídas no próximo ano. Atualmente 60% dos serviços já foram finalizados.

Outras intervenções na região do Centro Histórico já foram concluídas, caso da reforma do Palácio Cristo Rei, requalificação da Praça da Alegria; reformas do sobrado 386 da Rua da Estrela, do sobrado onde funciona a Faculdade de História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na Rua da Estrela; restauração da Fachada de Azulejo do Solar dos Belford, na Praça João Lisboa; reforma e restauração do Sobrado do Fórum Universitário da UFMA, na Rua do Sol. Logradouros como as praças da Faustina, Valdelino Cécio, do Pescador e a Dom Pedro II, também passaram por obras de revitalização, inclusive com a restauração da escultura Mãe d’Água Amazônica.

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