Candidatos ao Senado concederam entrevista coletiva nesta tarde.

Figurando como líderes nas pesquisas de intenção de voto (reveja e reveja), os deputados federais Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), candidatos ao Senado pelo grupo do governador Flávio Dino (PC do B), afirmaram na tarde desta terça-feira (01), durante coletiva de imprensa, não terem dúvidas de que o deputado federal Sarney Filho (PV), candidato do grupo Sarney à Câmara Alta, é o idealizador de fake news contra suas campanhas.

A coletiva foi convocada para que os candidatos governistas apresentassem suas versões acerca de um episódio, ocorrido no período na manhã, no qual três pessoas foram detidas no Terminal da Praia Grande distribuindo um jornal apócrifo contra os dois parlamentares.

Os acusados – um homem e duas mulheres – foram levados para sede da Polícia Federal, no bairro da Cohama.

Horas depois, o candidato a deputado estadual, Carioca do Povo (PRTB), em vídeo divulgado nas redes sociais e grupos de mensagem (veja Aqui), assumiu que foi ele quem mandou produzir o referido jornal.

Carioca é aliado de primeira hora de Sarney Filho, filho do ex-presidente José Sarney e irmão da candidata do MDB ao governo, Roseana Sarney.

Curiosamente, Carioca, que é ex-vereador de São Luís, imprimiu o material, cujo serviço custou a bagatela de R$ 27 mil, na gráfica Escolar S.A, localizada dentro do Sistema Mirante de Comunicação, no bairro do São Francisco, e onde é rodado, diariamente, o Jornal O Estado do Maranhão, de propriedade da família Sarney.

“Hoje estamos fazendo a denúncia pública, pedindo que o Ministério Público Federal abra investigação para justamente provar que está ocorrendo uma interferência direta do Sistema Mirante no processo eleitoral. Um dos donos da emissora, que é o candidato ao Senado, Sarney Filho, patrocina, de forma covarde, ações e ataques mentirosos contra nossas campanhas, a minha e a de Eliziane. Esse material que foi rodado, este jornal, foi rodado na Gráfica Escolar, que é na sede do Sistema Mirante. Este jornal foi a prova clara, cabal, que eles não têm limites. Eles vão tentar usar todo tipo de mentira, de fake, para tentar desestabilizar o pleito e tentar influenciar no processo eleitoral”, afirmou Weverton.

Eliziane também condenou o modos operandi da família Sarney. De acordo com ela, o grupo político de Sarney Filho vem desrespeitando várias decisões judiciais que determinaram, por exemplo, a retirada da propaganda eleitoral de vídeos que proferem mentiras contra a sua candidatura e a de Weverton.

“Trata-se de desespero da parte deles [Sarneys]. E é uma situação tão grave que eles desrespeitam a Justiça e mantém no ar propaganda falsa contra mim e o Weverton, preferindo pagar multas. Eles acham que dominam o estado, que são os coronéis. Mas eles não irão nos intimidar. Eles vão ter que nos engolir, porque iremos ganhar a eleição no próximo domingo”, disse.

Carioca, que é alidado de Zequinha Sarney, assumiu que mandou confeccionar o jornal.

Providências e o laranja – Os candidatos foram unânimes ao avaliar que Carioca serviu, tão somente, como um laranja que assumiu a autoria do fake news divulgado através dos exemplares do jornal apreendidos nesta manhã.

A Coligação “Todos Pelo Maranhão”, segundo Weverton e Eliziane, já ingressou na Justiça com um pedido solicitando a concessão de mandados de busca e apreensão que terão como alvos o Sistema Mirante de Comunicação; a sede do PRTB, partido de Carioca; e a própria residência do ex-vereador.

“Trata-se de um fake news, através do qual, escolheram um laranja para assumir a culpa. O laranja, amigo e apoiador de Sarney Filho, recebeu de doação do fundo partidário pouco mais de dois mil reais. No entanto, obteve recursos para confeccionar 500 mil exemplares de um jornal apócrifo e que foi impresso dentro da gráfica pertencente à família Sarney. Trata-se de uma armação muito mal produzida, do início ao fim”, avaliou o pedetista.