Empossado nesta segunda-feira (20), em Brasília, no cargo de diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Fernando Segóvia afirmou que trabalhará como prioridade a continuação de operações de combate à corrupção em todo o Brasil.
Uma das operações policiais destacadas por Segóvia em seu discurso foi a “Sermão aos Peixes”, cuja quinta fase, denominada de “Operação Pegadores”, foi deflagrada no Maranhão na semana passada.
Na ocasião, a PF, com o apoio do Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Justiça Federal, desarticulou um esquema criminoso instalado na Secretaria de Estado da Saúde desde 2015, primeiro ano da gestão do governador Flávio Dino (PC do B), e que resultou no desvio, segundo as investigações, de cerca de R$ 18 milhões dos cofres públicos maranhenses.
Dezessete pessoas – entre servidores públicos, funcionários de empresas terceirizadas e aliados políticos de Dino – foram presas temporariamente e preventivamente.
“Buscaremos o combate incansável à corrupção no Brasil, que continuará a ser agenda prioritária na Polícia Federal, tendo como premissa a continuidade de operações especiais, tais como Lava Jato, Cui Bono, Sermão aos Peixes, Cadeia Velha, Lama Asfáltica e tantas outras em andamento nos inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal e nas varas da Justiça Federal Brasil afora”, destacou Fernando Segóvia, que já ocupou o cargo de superintendente da PF no Maranhão.
Sobre as delações, Segóvia defendeu a prerrogativa da Polícia Federal em propor acordos deste tipo envolvendo pessoas presas nas operações deflagradas pela instituição que ele hoje comanda.
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