O senador Roberto Rocha deu esta semana um passo importante na sua articulação que objetiva ter o controle do PSB e PSDB no Maranhão e, desta forma, construir uma base partidária mais forte que lhe permita obter as mínimas condições para enfrentar, em 2018, o governador Flávio Dino (PC do B) na disputa pelo governo do estado.
Rocha, na última quarta-feira, esteve reunido com o governador de São Paulo e pré-candidato a Presidência da República, Geraldo Alckmin, oportunidade na qual foi convidado pelo tucano para retornar ao PSDB.
Um dia depois, o desafeto político de Flávio Dino foi alçado à condição de líder do PSB no Senado em substituição a Fernando Coelho, que deixou o ninho socialista para filiar-se ao PMDB do presidente Michel Temer.
Os movimentos de Roberto Rocha fortalecem o seu projeto de ser candidato ao governo, principalmente porque podem garantir-lhe o comando de dois partidos importantes e de peso.
O editor do blog já havia tratado sobre a articulação do senador (reveja).
Atualmente, o PSB do Maranhão é presidido pelo prefeito de Timon, Luciano Leitoa, que apoia a reeleição de Dino.
Em São Luís, a comissão provisória da legenda tem à frente o deputado estadual e pré-candidato a deputado federal, Bira do Pindaré, também apoiador do comunista.
Para obter o comando das duas siglas, Rocha aposta na seguinte engenharia: na ascensão do vice-governador de São Paulo, Márcio França, ao cargo de presidente nacional do PSB.
França, na avaliação do senador, não teria dificuldades em destituir Leitoa da presidência do PSB maranhense e lhe repassar o comando.
Ocorrendo isso, Roberto Rocha não precisaria deixar o PSB e articularia com o governador paulista a entrega do diretório estadual tucano – hoje presidido pelo vice-governador Carlos Brandão – a um aliado seu, muito provavelmente o ex-prefeito de Imperatriz e pré-candidato a deputado federal, Sebastião Madeira, hoje também adversário político de Dino.
Portanto, Rocha, neste momento, articula nesta frente visando obter as condições partidárias necessárias para o seu projeto político.
Se conseguirá, ou não, somente o tempo mostrará.
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