Piada! Deputado quer instalar CPI para apurar desorganização do futebol maranhense

Enquanto deputados se esquivam de assinar requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que tem como objetivo apurar desvio de recursos públicos do setor da saúde, eis que na Assembleia Legislativa surge uma ideia “genial”.

Nesta terça-feira (27), o deputado Rigo Teles (PV) anunciou que começará a colher assinaturas para instaurar uma CPI do Futebol, com foco principal em apurar a desorganização da Federação Maranhense de Futebol (FMF).

Teles leu em plenário o requerimento justificando seu pedido. Os motivos são os seguintes: recusa da denúncia do Cordino sobre irregularidade quanto a presença do jogador do Sampaio considerando que a própria Federação Maranhense de Futebol confirmou esta irregularidade; paralisação por várias vezes do Campeonato Maranhense 2017 em decorrência de recursos judiciais dos clubes; exclusão do Santa Quitéria do Campeonato Maranhense 2017 sem haver sido rebaixado, desistido ou cometido qualquer irregularidade; afastamento do ex-diretor Antônio Henrique que em entrevista à Rádio Mirante confirmou a denúncia do Cordino e antecipou possíveis resultados do julgamento.

Segundo o parlamentar, cujo discurso o editor do blog teve acesso na íntegra, tais motivos expuseram o futebol maranhense ao ridículo.

Em nenhum momento, Rigo Teles propôs que a tal CPI seja instalada para apurar, por exemplo, a transferência de recursos públicos feitos à FMF ao longo de vários anos.

Nem tão pouco uma investigação rigorosa acerca do repasse feito pelo governo do estado à TV Difusora para transmissão do campeonato maranhense, serviço, este, que nunca foi realizado.

Portanto, a proposição de Teles mais parece insatisfação de torcedor contrariado – ele torce para o Cordino, de Barra do Corda – que pouco tem o que fazer.

Enquanto isso, o deputado Wellington do Curso (PP) continua encontrando dificuldades para coletar 14 assinaturas e instalar uma CPI que tem como meta investigar o desvio de mais de R$ 1 bilhão dos cofres da saúde, segundo investigação da Polícia Federal.

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