O prefeito do município de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), vive o pior momento da sua curta carreira política.
O tucano enfrenta diariamente protestos populares que serviram para desmanchar a imagem de bom gestor que o ex-auxiliar de Roseana Sarney (MDB) construiu, através da mídia paga, entre os anos de 2005 e 2010, quando governou a cidade do Santo Padroeiro do Maranhão nos seus dois primeiros mandatos.
Luis Fernando, além de desgastado perante a população ribamarense, está totalmente enfraquecido no campo político. Prova disso é que dos 17 vereadores da cidade, 10 fazem, hoje, oposição ao gestor e se preparam para, em 2020, lançar candidato próprio à prefeitura.
E este candidato pode ser o pedetista Nonato Lima. Parlamentar de seis mandatos, Lima vem tendo o nome defendido por seus colegas de Câmara e partidos de peso no cenário político estadual.
O ex-deputado Jota Pinto (Patriotas), que sempre obteve votação expressiva no município, é outro que se movimenta bem no jogo sucessório.
Com o apoio de lideranças políticas e comunitárias, fundou o movimento Aliança Ribamarense, que faz frente ao péssimo governo estabelecido na cidade atualmente.
Paralelo a isso, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Edmar Cutrim, pai do ex-prefeito e atual deputado federal Gil Cutrim (PDT), é outro nome que poderá entrar na disputa.
Edmar, além de experiente, é muito querido em São José de Ribamar e possui base de apoio consolidada na cidade.
Neste cenário, vale destacar, não se descarta a união dos postulantes em torno de uma única candidatura.
Luís Fernando foi eleito pela primeira vez em 2004. Só obteve êxito na empreitada porque contou com o apoio do então prefeito Jota Câmara, já falecido. Bateu nas urnas, por uma diferencia mínima de votos, o também ex-prefeito Julio Matos.
No seu primeiro mandato, articulou junto a Câmara Municipal a reprovação das contas de Dr. Julinho, situação que tornou o ex-prefeito inelegível até hoje.
Em 2008, com Julinho condenado e não tendo tido os votos computados pela Justiça Eleitoral, LF reelegeu-se com folga.
O cenário de tapetão repetiu-se em 2016.
Em 2020, a situação será outra. O tucano terá que, verdadeiramente, disputar no voto o comando do município.
Se, de fato, terá coragem para enfrentar os fortes adversários que se apresentam, só o tempo dirá.