No fim do mês passado (reveja), a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) teve que recorrer aos veículos de comunicação de sua família para negar que tenha desistido de disputar, este ano, o comando do Palácio dos Leões.
Roseana chegou a classificar de “fake news” informações revelando o seu suposto recuo.
Ocorre que o discurso da emedebista mostra-se distante do posicionamento de alguns de seus aliados e familiares quando questionados sobre o assunto.
Sobrinho da ex-governadora, o deputado estadual Adriano Sarney (PV), por exemplo, em entrevista concedida à Folha, neste último fim de semana, afirmou: “Não sei dizer sinceramente [se ela vai até o fim], porque é uma decisão muito dela, não sei o que o seu coração está falando”.
Pré-candidato ao Senado, o deputado federal Sarney Filho (PV) deixou claro que a irmã não desejava concorrer e, se o fizer, será por obra, graça e insistência tremenda do pai, o ex-presidente José Sarney (MDB).
Roseana trabalha, sim, com a possibilidade de não concorrer ao seu quinto mandato como governadora.
E caso realmente desista, repetirá o mesmo erro de 2014, quando prejudicou todo o seu grupo político, tendo entregado de bandeja a eleição para o então candidato Flávio Dino (PC do B).
À época, Roseana recebeu do sociólogo, cientista político e empresário, José Antônio Guimarães Lavareda Filho, um minucioso estudo de cenários que apontava um único caminho para que o grupo Sarney pudesse bater o comunista.
Nele, a então governadora sairia para o Senado [com totais condições de obter a vitória] e elegeria de forma indireta, via Assembleia Legislativa, o secretário estadual de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, como novo chefe do Palácio dos Leões.
Luis Fernando, sentando na cadeira de governador, teria seis meses para pavimentar seu caminho à reeleição e com a força bruta da máquina estadual, segundo o estudo, desbancaria Flávio Dino.
Roseana, como é de conhecimento público, seguiu o caminho contrário.
Não saiu para o Senado; defenestrou Luis Fernando, hoje prefeito de São José de Ribamar e aliado de Dino; não ajudou Gastão Vieira, que foi batido por Roberto Rocha na briga pela única vaga para Câmara Alta; e renunciou ao mandato no apagar das luzes para entregar o bastão para Arnaldo Melo, então presidente da Assembleia Legislativa.
Este ano, caso realmente não concorra, Roseana ajudará, mais uma vez, Flávio Dino, que se reelegerá no primeiro turno.
E jogará uma pá de cal no projeto senatorial do irmão; na reeleição de Edison Lobão (MDB) e nas esperanças de José Sarney, que enxerga na filha a única chance de manter de pé o que ainda resta do seu legado político no Maranhão.
É aguardar e conferir.
Excelente matéria.
Eu quero que ela não desista, pra ser derrotada em primeiro turno, e ver Flávio Dino eleger seus dois senadores.
Ela têm que concorrer a governo este ano, pois eu quero é ver o meu governador Flávio Dino derrotala. Eu quero é ver o Flávio Dino aplicar em Roseana, a engana engana que já não mais consegue enganar à ninguém, uma taca tchaca na mutchaca bem grande nela.!!!! É isso aí.
Hum essa n fede e nem cheira essa oligarquia já está derrotada há muito tempo.
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