O deputado federal Waldir Maranhão (PSDB) pode ter inúmeros defeitos políticos – e, de fato, os têm.
Mas não se pode negar que o mesmo é insistente e neste caso específico esta insistência começa a levantar suspeitas em relação à chapa tucana ao Senado que estará atrelada ao senador Roberto Rocha, pré-candidato do partido ao governo do estado.
Este é o primeiro ponto.
Mesmo possuindo dois pré-candidatos já anunciados publicamente para disputar a Câmara Alta – o deputado federal José Reinaldo Tavares e o deputado estadual Alexandre Almeida – o PSDB maranhense exala dúvidas.
Defenestrado pelo PT e pelo governador Flávio Dino (reveja e reveja), Waldir ainda se apresenta como pré-candidato senatorial. Para ele, o jogo ainda está sendo jogado e a partida só termina quando acaba.
Mesmo já tendo sido despachado por Roberto Rocha, Geraldo Alckmin e Alexandre Almeida (reveja, reveja e reveja), o deputado, por onde passa, continua afirmando que irá disputar uma das duas vagas que serão abertas.
E o faz com certa anuência de Roberto Rocha, que dividiu recentemente agenda com o mesmo no interior do estado.
Tal situação não significa dizer que o ex-governador corre risco de perder a condição de primeira opção na chapa senatorial tucana.
Mas, no mínimo, mostra desorganização de um projeto político no qual agentes envolvidos, nem de longe, apresentam-se sintonizados e com o discurso uniforme.
O segundo ponto envolve o próprio Roberto Rocha.
Apesar de jurar de pés juntos que não abdicará da disputa, o senador já começou a virar alvo de especulações de bastidores que apontam para sua desistência em favor de Eduardo Braide, terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto divulgadas até o momento e que possui índice de rejeição mínimo.
O leitor pode questionar: Mas isso é possível?
O editor do blog responde: Em se tratando do chefe do tucanato local, tudo é possível.